Este Chrysler 300 ’65 teve um destino muito diferente de seus irmãos de duas toneladas

Texto: Paulo Fabris
Imagens: Divulgação

É uma pena que muitos donos de modelos como o Chrysler 300 de 1965 usem seus hots para ‘Corridas de Demolição’. Seu peso e seu chassi de ferro o fazem um forte concorrente contra outros carros, mas ainda assim, é triste ver esse “carango” todo detonado no final do evento.

Contudo, o carro de Michael Randall, dos Estados Unidos, teve um destino bem diferente. Ao invés de se tornar um pedaço de lata que detona outros em um circuito de poeira, ele se tornou um ‘Mopar supercharger’ que detona os rivais nas ruas.

“Eu cresci assistindo Dukes of Hazard, então sempre achei os Chargers legais. Quando cresci, alguns dos meus amigos tinham um Charger ’68. Como não havia quase nenhum Mopar onde eu vivia isso os faziam ficar mais legais. Eu respeito todos os carros, não sou um inimigo dos Chevy ou um hater da Ford. Todos fizeram carros bem legais. Sempre achei que Chrysler era um azarão, então se você tivesse um Mopar você era ‘estranho’, e eu queria ser ‘estranho’”.

“Em 87, eu vi este Chrysler 300 ’65 jogado em um campo em Salt Lake City. Eu nunca gostei dos C-Body antes, mas o chassi preto e o teto branco pareciam muito legais, e por apenas US$ 400, eu não poderia deixar passar”.

Para sorte dele, o carro tinha migrado do leste, vindo de um clima mais temperado, o que o fez economizar tempo com a pintura e deixando-o livre para mexer com as coisas boas. “O carro tinha documentos da Califórnia quando eu comprei. Por isso, o interior estava um lixo, mas a pintura e lataria estavam em excelentes condições”, explica Michael. “O 383 estava mal e a transmissão torrada. Então, construí para ele um motor 440 e instalei uma transmissão 727 modificada de aftermarket”.

Como o motor não era potente o suficiente para acelerar esse monstro de duas toneladas e fazê-lo competir com um Mustang, Michael decidiu se envolver em uma “guerra química”. “Removi tudo que era desnecessário sob o capô, para deixar o carro mais leve. Retirei o ar-condicionado e o aquecedor, o que me deu espaço para esconder uma garrafa de Nitro 250. Com isso, o fiz correr a 115 mph em 12.90 segundos. Foi muito divertido domar essa besta de duas toneladas”.

Ele usou também uma transmissão manual de quatro velocidades que modificou a partir de um Newport ’67, o que o ajudou a ganhar mais velocidade com menor peso. As rodas, Michael decidiu usar um conjunto Torq-Thrust II de 17×8 da American Racing e pneus Toyo Proxes 255/60ZR17 na frente e atrás.

Com tanto poder envolto em um chassi quase indestrutível, a má notícia para os fãs de Corrida de Demolição é que esse monstro rápido e resistente não irá aparecer nas pistas de terra. “Estes carros estão ficando cada vez mais difíceis de encontrar. Salvar um C-Body é ousar ser diferente”.

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