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{"id":1172,"date":"2020-02-05T12:00:56","date_gmt":"2020-02-05T15:00:56","guid":{"rendered":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/?p=1172"},"modified":"2020-01-16T10:46:48","modified_gmt":"2020-01-16T13:46:48","slug":"nosso-negocio-e-chumbo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/nosso-negocio-e-chumbo\/","title":{"rendered":"NOSSO NEG\u00d3CIO \u00c9 CHUMBO"},"content":{"rendered":"\n

Cl\u00e1ssico fordista, Maverick adormece por nove anos e retorna para provocar intensas doses de prazer com V8, 200 cv e carburador: o melhor do \u201cway of life\u201d americano<\/em><\/p>\n\n\n\n

Texto: Bruno Bocchini<\/em>
\n Fotos: Ricardo Kruppa<\/em><\/p>\n\n\n\n

houve um tempo em que voc\u00ea poderia n\u00e3o ter o estilo e aquele cabelo imponente de Steve McQueen, mas era facilmente poss\u00edvel \u201cmergulhar\u201d em cenas de Bullitt, filme em que o ator voa pelas ladeiras da cidade de S\u00e3o Francisco, na Calif\u00f3rnia, pilotando um Mustang perseguindo bandidos que est\u00e3o a bordo de um Dodge Charger, para aflorar o desejo de ter um esportivo de \u00e9poca e, cada vez mais, passar longe da barbearia e mais perto de uma oficina. Ryo Ashimine, 47 anos, aut\u00f4nomo de Campinas (SP), mant\u00e9m o cl\u00e1ssico Ford Maverick GT 1974 como rel\u00edquia. Sem voca\u00e7\u00e3o para os neg\u00f3cios de antigos, ele n\u00e3o \u00e9 colecionador, tampouco revendedor.<\/p>\n\n\n\n

Seu \u201cdom\u201d \u00e9 saber desfrutar dos prazeres que o motor V8 proporciona. \u201cDesde crian\u00e7a meu sonho era ter um Maverick GT. A primeira vez que vi o modelo foi quando meu pai comprou um caminh\u00e3o em uma concession\u00e1ria Ford, em Suzano, no interior de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n\n\n\n

Eu tinha 8 anos e, desde ent\u00e3o, carrego essa paix\u00e3o\u201d, conta. Em 1983, ent\u00e3o com 16 anos, Ryo come\u00e7ou a trabalhar em uma oficina mec\u00e2nica \u2013 local onde conheceu o antigo propriet\u00e1rio do Maverick GT. \u201cEle sempre levava o Ford para fazer revis\u00e3o\u201d, lembra. Cinco anos passaram e Ryo, com 21 anos, encontrou um amigo que havia acabado de comprar um Maverick. \u201cQuando esse amigo me mostrou o carro, vi que era o mesmo Maverick que frequentava a oficina. Contei a hist\u00f3ria para ele, falei da minha rela\u00e7\u00e3o e sonho com o modelo e acabei comprando o carro\u201d, conta.<\/p>\n\n\n\n

Assim que adquiriu o Ford, Ryo pensava em refazer a pintura e deixar a mec\u00e2nica em ordem, mas no per\u00edodo \u2013 final da d\u00e9cada de 1980 \u2013 n\u00e3o havia muito recurso financeiro e o Maverick foi colocado para dormir. \u201cEstava sem dinheiro e acabou surgindo uma oportunidade de trabalho no Jap\u00e3o. Durante os nove anos em que fiquei no exterior o Maverick permaneceu na garagem do meu cunhado, em Mococa, interior de S\u00e3o Paulo\u201d, explica. Ao retornar do Jap\u00e3o e se estabilizar em S\u00e3o Paulo, Ryo retomou a velha ideia de revigorar o cl\u00e1ssico para desenhar em cores o sonho da inf\u00e2ncia. \u201cCom esse contato passei a me interessar por mec\u00e2nica V8 e me apaixonei pelos modelos de carros americanos\u201d, define.<\/p>\n\n\n\n

\u201cThe King of Cool\u201d <\/strong><\/p>\n\n\n\n

Havia seis anos Ryo procurava uma oficina especializada para restaurar o Maverick GT. Ap\u00f3s ler reportagem publicada em hot Rods sobre um modelo Chevelle Malibu, restaurado pela empresa Nika Old Cars, de Campinas, o projeto come\u00e7ou a ganhar moldes. \u201cTentava entrar em contato com a restauradora depois que li a mat\u00e9ria, mas n\u00e3o conseguia falar com o dono. Liguei na reda\u00e7\u00e3o da revista e consegui o contato direto do restaurador. Foi o come\u00e7o de tudo\u201d, relembra. Todas as a\u00e7\u00f5es diante do programa de mudan\u00e7as para o Maverick foram executadas pela Nika Old Cars com o empenho de Rog\u00e9rio Orta e equipe.<\/p>\n\n\n\n

Para a mec\u00e2nica, o projeto recebeu retrabalho no motor 302 V8 original com cilindrada 5.0L e pot\u00eancia de 200 cavalos. A alimenta\u00e7\u00e3o partiu de um carburador Holley bijet, comando de v\u00e1lvulas original e igni\u00e7\u00e3o eletr\u00f4nica Procomp. O kit de freios, hidrov\u00e1cuo, tamb\u00e9m manteve originalidade. \u201cNesse come\u00e7o de refinamento do carro encontramos algumas dificuldades diante de detalhes. Mas o mais trabalhoso foi atuar com a instala\u00e7\u00e3o da dire\u00e7\u00e3o hidr\u00e1ulica.<\/p>\n\n\n\n

Foi uma op\u00e7\u00e3o particular que deu dor de cabe\u00e7a, mas ficou ajustada para o carro\u201d, revela Ryo. Por dentro o modelo recebeu estofamento de couro, volante GT, tape\u00e7aria em tom preto e forra\u00e7\u00e3o das portas de couro. A instrumenta\u00e7\u00e3o \u00e9 original, marca dos modelos norte-americanos. E h\u00e1 ainda, sem ser rebuscado, um r\u00e1dio com leitura para MP3.<\/p>\n\n\n\n

Na parte externa o tradicional estilo esportivo do Ford Maverick foi mantido, com pintura prata original e faixas do modelo GT de 1977. As rodas aro 17 da American Racing Torq Thrust ajudam o carro a manter o \u201cesp\u00edrito bom de briga, mas moderninho\u201d, cal\u00e7adas com pneus dianteiros de medidas 225\/45-17 e traseiros 235\/50-17. \u201cN\u00f3s procuramos fazer as mudan\u00e7as sem perder a linha original, que para mim \u00e9 o melhor do carro.<\/p>\n\n\n\n

Gosto desse conservadorismo. A \u00fanica a\u00e7\u00e3o que ainda pretendo fazer \u00e9 acrescentar uma marcha ao c\u00e2mbio e trocar, talvez, o carburador pela inje\u00e7\u00e3o eletr\u00f4nica\u201d, pontua. A alavanca do c\u00e2mbio de quatro marchas fica bem pr\u00f3xima do motorista e faz com que se mudem as marchas com facilidade e rapidez. S\u00e3o caracter\u00edsticas que fazem parte do DNA do Maverick. Durante a troca, uma acelerada. Menos para manter o giro, mais para ouvir o som dos oito cilindros embalando a agulha do pequeno conta-giros sobre o volante. Est\u00e1 longe da precis\u00e3o e da progressividade dos modelos atuais.<\/p>\n\n\n\n

Mas poucos quil\u00f4metros de estrada s\u00e3o suficientes para uma boa adapta\u00e7\u00e3o. \u00c0 medida que se acelera, o Maverick V8 vai devolvendo em prazer os litros de gasolina que desaparecem do tanque. Certamente esse mesmo prazer n\u00e3o \u00e9 compartilhado pelos passageiros do banco traseiro. O espa\u00e7o \u00e9 apertado e com teto baixo. Mas esse \u00e9 o verdadeiro esportivo e, para quem \u00e9 f\u00e3, como Ryo, nada melhor que acelerar o Maverick no melhor do imagin\u00e1rio \u201cBullitt\u201d. \u00c9 quase um Steve McQueen de Campinas, sem o par de sapatos camur\u00e7a e o rev\u00f3lver, claro!<\/p>\n\n\n\n