Picape Chevrolet C-10 adquirida por empres\u00e1rio paulista viajou diretamente da Calif\u00f3rnia para exibir sua bela carroceria nos tr\u00f3picos<\/em><\/p>\n\n\n\n

Texto: Fl\u00e1vio Faria
Fotos: Ricardo Kruppa <\/em><\/p>\n\n\n\n

\u00c9 not\u00f3ria a paix\u00e3o dos norte-americanos por picapes. As montadoras anualmente lan\u00e7am por l\u00e1 diversos modelos que nunca chegam a ser exportados para nenhum outro lugar do mundo, tamanha a demanda local por este tipo de ve\u00edculo, n\u00e3o s\u00f3 como carro de trabalho, para o campo, como tamb\u00e9m para uso urbano. A linha \u201cC\/K\u201d, da GM, nasceu em 1960 nos Estados Unidos e oferecia modelos tanto com tra\u00e7\u00e3o em duas rodas (C), quanto em quatro (K), todas com motores seis cilindros em linha nas vers\u00f5es mais b\u00e1sicas e de oito cilindros nas vers\u00f5es top.<\/p>\n\n\n\n

A brasileira, ali\u00e1s, lembrava muito as primeiras vers\u00f5es da C-10 americana, que na metade dos anos 70 j\u00e1 come\u00e7ou a adquirir as linhas quadradas que marcaram o design do line-up da GMC\/Chevrolet nos anos seguintes. Esta linha, nos EUA, continuou at\u00e9 quase a d\u00e9cada de 1990, quando foi substitu\u00edda pelos modelos Sierra e Silverado. No Brasil, a C-10 foi descontinuada em 1981, sucumbindo \u00e0 crise do petr\u00f3leo. A vers\u00e3o adquirida pelo empres\u00e1rio Marcio Sciola, de 46 anos, de Santo Andr\u00e9 (SP), \u00e9 de 1975 e veio diretamente dos EUA. Vale ressaltar, como curiosidade, que naquele ano a Chevrolet j\u00e1 tinha come\u00e7ado a produzir uma picape C-10 em terras brasileiras.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, era uma vers\u00e3o bem diferente da americana, com design mais antigo e, na vers\u00e3o mais top, com motoriza\u00e7\u00e3o \u201cChevrolet Brasil\u201d, de seis cilindros em linha. Utilizada diariamente por um amigo de Marcio na Calif\u00f3rnia, esta gringa acabou entrando em uma negocia\u00e7\u00e3o para vir desfilar no Brasil. \u201cResolvemos importar este ve\u00edculo por se tratar de uma verdadeira raridade da d\u00e9cada de 70, al\u00e9m de contar originalmente com motoriza\u00e7\u00e3o V8 350\u201d, conta o empres\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

Nova cara<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Segundo Marcio, a picape estava em muito bom estado quando chegou ao Brasil. \u201cEu diria que estava perfeita. S\u00f3 precis\u00e1vamos fazer funilaria e a pintura\u201d, comentou. Foi decidido ent\u00e3o que seria mantido o tom original da carroceria. Ela ent\u00e3o foi totalmente desmontada pela equipe da Paulit\u00e1lia, onde todo o trabalho de restaura\u00e7\u00e3o foi realizado. A tinta velha saiu e o novo pigmento entrou no seu lugar, agora com novos cromados nos frisos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cDestacamos bem os cromados, para que fizessem um contraste legal com a cor vinho\u201d, comenta o propriet\u00e1rio. As rodas s\u00e3o da Gim Rodas, em a\u00e7o de 15\u201d, com calotas cromadas e montadas em pneus da marca norte-americana Cooper Cobra, nas medidas 275\/60. Embora seja muito comum que preparadores americanos rebaixem a suspens\u00e3o ou utilizem modelos com bolsas de ar para, literalmente, deixar as picapes grudadas no ch\u00e3o, Marcio optou pelo estilo original, que, al\u00e9m de tudo, privilegia o conforto.<\/p>\n\n\n\n

A ca\u00e7amba recebeu piso em madeira tratada e detalhes cromados, que lhe deram um aspecto muito bonito, at\u00e9 porque j\u00e1 foi o tempo em que a voca\u00e7\u00e3o desta raridade era carregar peso. Por dentro, a \u00fanica modifica\u00e7\u00e3o feita pelo propriet\u00e1rio foi o volante, que agora \u00e9 um modelo da Rosseti, de tr\u00eas raios e com aro em madeira envernizada, bastante adequado ao estilo da C-10. O visual interno \u00e9 bem peculiar do estilo americano, no tom bege e banco inteiri\u00e7o em tecido.<\/p>\n\n\n\n

Musculosa<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Por baixo do imenso e quadrado cap\u00f4 da C-10 ronca um belo e potente motor de oito cilindros em \u201cV\u201d de 350\u201d c\u00fabicas. Com uma verdadeira legi\u00e3o de apaixonados pelas suas caracter\u00edsticas o Chevy 350 fez a sua primeira apari\u00e7\u00e3o em 1967, no Camaro, sendo depois tamb\u00e9m utilizado no Impala, El Camino, Chevelle, Nova e at\u00e9 no esportivo Corvette. \u00c9 claro que em cada modelo ele tinha as suas particularidades, mas a ess\u00eancia era a mesma, com 5.7L. Nos antigos Corvettes, modelo Z20, o motor alcan\u00e7ava a pot\u00eancia original de 370 cv, um verdadeiro absurdo para a \u00e9poca. Se bem que a picape de Marcio n\u00e3o fica muito atr\u00e1s, com \u00f3timos 300cv de pot\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Isso porque o empres\u00e1rio n\u00e3o quer saber de acelerar muito ou queimar borracha, at\u00e9 porque o c\u00e2mbio \u00e9 autom\u00e1tico, com acionamento na coluna e os freios, originais. O neg\u00f3cio dele \u00e9 mesmo desfilar! Algu\u00e9m discorda?<\/p>\n\n\n\n

• <\/figure><\/li>

  <\/figure><\/li>

  <\/figure><\/li>

  <\/figure><\/li>

  <\/figure><\/li>

  <\/figure><\/li>

  <\/figure><\/li>

  <\/figure><\/li>

  <\/figure><\/li><\/ul>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

  Picape Chevrolet C-10 adquirida por empres\u00e1rio paulista viajou diretamente da Calif\u00f3rnia para exibir sua bela carroceria nos tr\u00f3picos Texto: Fl\u00e1vio FariaFotos: Ricardo Kruppa \u00c9 not\u00f3ria a paix\u00e3o dos norte-americanos por picapes. As montadoras anualmente lan\u00e7am por l\u00e1 diversos modelos que nunca chegam a ser exportados para nenhum outro lugar do mundo, tamanha a demanda local […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":1336,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[2],"tags":[33,36,32,70],"yoast_head":"\n