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{"id":1529,"date":"2017-08-06T10:00:30","date_gmt":"2017-08-06T13:00:30","guid":{"rendered":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/?p=1529"},"modified":"2017-08-04T15:42:38","modified_gmt":"2017-08-04T18:42:38","slug":"chevrolet-impala-1960-projeto-hot-rods","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/chevrolet-impala-1960-projeto-hot-rods\/","title":{"rendered":"Chevrolet Impala 1960 – Doce Prest\u00edgio"},"content":{"rendered":"

Chevrolet Impala mostra que \u00e9 poss\u00edvel somar luxo com apelo esportivo; curitibano resgata mem\u00f3ria para refor\u00e7ar paix\u00e3o por cl\u00e1ssicos<\/strong><\/h2>\n

Texto: Bruno Bocchini
\nFotos: Ricardo Kruppa<\/p>\n

Chevrolet Impala 1960<\/strong><\/h3>\n

As mulheres tamb\u00e9m se sentem atra\u00eddas pelo Impala (e veja que n\u00e3o estamos falando da consagrada marca de esmaltes, mas sim do \u00edcone Chevrolet). Caracter\u00edsticas como beleza, estilo e cores marcantes \u2013 que tamb\u00e9m revelam belas unhas femininas, se encaixam no conceito do Chevrolet Impala Bubble Top Coup\u00e9 1960 do funcion\u00e1rio p\u00fablico Moacir Mansur Boscardin, 56 anos, morador de Curitiba (PR).<\/p>\n

\u201cEsse Impala me faz recordar os tempos de inf\u00e2ncia. Meu pai teve um Chevrolet 1949 e ele admirava esses carros. Lembro que a divers\u00e3o aos domingos era ficar olhando do lado de cima do barranco os carros que passavam pelas avenidas, havia muito estilo, naquele tempo muitos dirigiam esses autom\u00f3veis vestidos impecavelmente com chap\u00e9us e fumando cachimbos. Cenas como essa acabaram ficando para sempre na minha mem\u00f3ria\u201d, comenta o curitibano. Moacir Boscardin nunca imaginou que um dia teria cl\u00e1ssicos que marcaram hist\u00f3ria no cen\u00e1rio nacional, mas acredita que grande influ\u00eancia para idolatrar carros antigos surgiu diante do clube Curitiba Roadster. \u201cAo longo dos anos fui conhecendo mais sobre carros antigos e aos poucos fui adquirindo modelos para restaurar.<\/p>\n

Fico muito \u00e0 vontade com esses modelos e parte desse sentimento veio do Curitiba Roadster, clube de que fa\u00e7o parte desde a funda\u00e7\u00e3o, h\u00e1 vinte anos\u201d, relembra. O Chevrolet Impala Bubble Top Coup\u00e9 1960 pertencia a um conhecido de Boscardin, mas nunca estava \u00e0 venda. Ap\u00f3s seis anos de tentativas de adquirir o cl\u00e1ssico, em 2009 Boscardin encontrou o modelo dispon\u00edvel para compra na internet. \u201cN\u00e3o tive d\u00favida, liguei na hora em que vi o an\u00fancio e fui negociar. O Impala estava em bom estado, mas parado na garagem havia anos. O motor n\u00e3o funcionava.<\/p>\n

Entre a primeira vez que olhei o Impala at\u00e9 este m\u00eas para o ensaio da revista Hot Rods faz dez anos que \u201cnamoro\u201d o Chevrolet\u201d, garante. A partir da aquisi\u00e7\u00e3o, Boscardin decidiu programar as mudan\u00e7as necess\u00e1rias envolvendo lataria, pintura, mec\u00e2nica, sistema el\u00e9trico, freios, vidros, frisos e estofamento.\u201cO Impala foi um novo desafio que acabou se tornando um \u00f3timo exemplar para passear com a fam\u00edlia, cabe tudo naquele porta-malas gigante. \u00c9 quase uma picape fechada\u201d, descreve. Moacir Boscardin n\u00e3o possui carros modernos e nos \u00faltimos dez anos utiliza apenas autom\u00f3veis antigos ou um dos hots para ir ao trabalho diariamente.<\/p>\n

\u201cCom o Impala \u00e9 um pouco mais complicado porque ele tem quase seis metros de comprimento, \u00e9 at\u00e9 engra\u00e7ado, muitas pessoas olham para o carro no tr\u00e2nsito e acabam se distraindo\u201d, conta. Colecionador e \u201crevendedor\u201d, o curitibano confessa que nos \u00faltimos anos vendeu alguns carros, mas sempre para aplicar o resultado em novos projetos. Modelos como o Impala ele n\u00e3o vende de modo algum, mas Boscardin sabe que trocar autom\u00f3veis pode ser divertido. \u201cTenho um amigo que me ensinou a perceber que trocar carros tamb\u00e9m pode ser divertido.<\/p>\n

Mas j\u00e1 me arrependi de ter vendido alguns modelos, faz parte\u201d, relata. Saudosista e entusiasta, como Boscardin se considera, ele pertence a uma gera\u00e7\u00e3o que observou de perto os mesmos sentimentos compartilhados por quem no passado utilizava cl\u00e1ssicos como carros \u201cb\u00e1sicos\u201d. Esse resgate encenado com a paix\u00e3o pelo segmento faz de Boscardin um amante da antiguidade.<\/p>\n

\u201cAcho que sempre fui saudosista e quando voc\u00ea gosta sempre tenta encontrar e observar as pessoas que compartilham do mesmo sentimento. Vi muitos carros antigos em ferros-velhos, ningu\u00e9m os queria, metal\u00fargicas compravam em lotes para derreter e os que restaram hoje voltam a ser cultuados. Acho isso incr\u00edvel. Ter a oportunidade de resgat\u00e1-los \u00e9 um privil\u00e9gio\u201d, opina. Os primeiros incentivadores de Boscardin foram o pai Angelo e o tio Nilto Pereira, e esse envolvimento tamb\u00e9m desponta para a esposa e filhas de Moacir Boscardin. \u201cMeus incentivadores foram meu pai, Angelo Boscardin, a quem dedico este Impala, meu falecido tio, Nilto Pereira, grande mec\u00e2nico que me ensinou a dirigir aos nove anos, depois meu grande amigo que me ensinou a soldar e entender um pouco dos conceitos de adapta\u00e7\u00f5es e que tamb\u00e9m incentivou gera\u00e7\u00f5es dentro da cultura Hot, Sebasti\u00e3o Geronasso\u201d, conta.<\/p>\n

Nicole Boscardin, 14 anos, uma das filhas de Moacir, j\u00e1 o acompanha nas reuni\u00f5es do clube Curitiba Roadster e nos encontros de carros antigos. Valentina, com nove meses, j\u00e1 fez estreia no clube com um Hot pedal 1928. \u201cO que sustenta \u00e9 a paix\u00e3o e o envolvimento total da minha fam\u00edlia. Minha esposa tem seu pr\u00f3prio hot, uma picape 1931 que j\u00e1 foi mat\u00e9ria da revista. E as minhas filhas tamb\u00e9m j\u00e1 seguem essa paix\u00e3o com muito carinho\u201d, refor\u00e7a Boscardin. Quem visita a casa do curitibano encontra uma oficina adaptada nos fundos do terreno feita especialmente para Boscardin receber amigos e profissionais da \u00e1rea. H\u00e1 14 anos o espa\u00e7o recebe diversos entusiastas que fazem reuni\u00f5es semanais e, claro, avaliam a cole\u00e7\u00e3o de cl\u00e1ssicos na garagem.<\/p>\n

Glicose para diab\u00e9ticos <\/strong><\/p>\n

A mec\u00e2nica preparada para o modelo Impala Bubble Top Coup\u00e9 1960 foi planejada para garantir conforto urbano. Apesar do bloco GM 350 esbanjar 320 cavalos, a caixa de c\u00e2mbio autom\u00e1tica TH350 assume o conforto necess\u00e1rio para o cl\u00e1ssico rodar pelas ruas de Curitiba e, inclusive, servir para Boscardin passear com a fam\u00edlia ou ir ao trabalho. Para alimentar o sistema foi instalado um carburador Quickfuel 600 cfm, da Hot Rod Series, que atua em conjunto com um comando Ruben Racing Can\u2019s (280\/284), distribuidor Rebel Soul, da Hei, e coletor de escape Hooker com revestimento cer\u00e2mico.<\/p>\n

No exterior, a pintura em preto soma estilo com as rodas Boss Sport 338 nas medidas 18×8\u201d na dianteira cal\u00e7adas com pneus Michelin Pilot 225\/50 e 18×9,5\u201d na traseira com pneus Michelin Pilot 275\/40. Por dentro o Impala conta com estofamento de couro preto, pedaleiras e alavanca de c\u00e2mbio Lockar no assoalho e volante norte-americano da marca Lecara.<\/p>\n