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{"id":2128,"date":"2016-05-11T11:49:10","date_gmt":"2016-05-11T14:49:10","guid":{"rendered":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/?p=2128"},"modified":"2016-05-11T11:49:10","modified_gmt":"2016-05-11T14:49:10","slug":"george-barris-king-of-kustons","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/george-barris-king-of-kustons\/","title":{"rendered":"GEORGE BARRIS, KING OF KUSTONS"},"content":{"rendered":"

Criador do \u201cK da Kultura Kustom, o papa da customiza\u00e7\u00e3o automotiva se vai \u00e0s v\u00e9speras de completar 90 anos<\/em><\/strong><\/p>\n

Texto: Victor Rodder<\/em>
\nFotos: Victor Rodder e Divulga\u00e7\u00e3o<\/em><\/p>\n

A import\u00e2ncia de George Barris para a Kultura Kustom n\u00e3o pode ser medida! Seus trabalhos e sua influ\u00eancia s\u00e3o a pedra fundamental. E, para quem n\u00e3o conhece sua hist\u00f3ria, vou citar apenas um dentre os in\u00fameros feitos que s\u00e3o atribu\u00eddos a Sam Barris, George Barris e a Barris Kustom Shop: o \u201cK\u201d da Kultura Kustom! Diz a lenda que foi Barris o primeiro a utilizar essa grafia, que rapidamente foi absorvida e incorporada por todos os customizadores. E hoje, em sua homenagem, contarei um pouco da sua hist\u00f3ria.<\/p>\n

Durante todos esses anos em que venho escrevendo para Hot Rods, tenho ensaiado um artigo sobre George Barris, mas nunca cheguei a publicar nada que falasse exclusivamente dele at\u00e9 hoje, por uma simples raz\u00e3o: George \u00e9 meu maior \u00eddolo, minha inspira\u00e7\u00e3o e a pessoa no meio Kustom que eu mais admiro.<\/p>\n

Tive a sorte de conhec\u00ea-lo pessoalmente em minha primeira viagem aos EUA, quando j\u00e1 era um entusiasta de seu trabalho. Mas, ap\u00f3s aquele encontro, me tornei um f\u00e3 da pessoa, do ser humano por tr\u00e1s da lenda. E foi pelo peso da responsabilidade que era, para mim, escrever sobre ele, que posterguei at\u00e9 o dia de hoje essa mat\u00e9ria.<\/p>\n

E \u00e9 uma pena que eu tenha demorado tanto para criar coragem… George j\u00e1 n\u00e3o est\u00e1 entre n\u00f3s. Faleceu no \u00faltimo dia 5 de novembro, a apenas duas semanas de completar 90 anos. N\u00e3o terei como lhe mandar uma c\u00f3pia da revista, como gostaria de ter feito. Mas hoje quero trazer \u00e0 tona boas lembran\u00e7as. Exaltar a vida e n\u00e3o chorar a morte. Ent\u00e3o, vamos ao texto!<\/p>\n

Personagens de s\u00e9ries<\/strong><\/p>\n

Assim como muitos dos leitores desta coluna, cresci assistindo a s\u00e9ries de TV e, coincid\u00eancia ou n\u00e3o, dentre minhas preferidas estavam \u201cFam\u00edlia Monstro\u201d, \u201cBatman\u201d e, um pouco mais tarde, \u201cOs Gat\u00f5es\u201d. Todas s\u00e9ries que tinham \u201cpersonagens\u201d criados por George Barris.<\/p>\n

E, desde que me lembro, sempre fui aficionado por carros. E quando finalmente tive oportunidade de ir para os EUA, fiz uma lista de lugares e pessoas que gostaria de conhecer, e um dos primeiros nomes era o de George Barris!<\/p>\n

Iria passar alguns dias em Los Angeles, e n\u00e3o poderia deixar de visitar o criador do Batm\u00f3vel e do ic\u00f4nico Hirohata Merc! Fiz meus preparativos, troquei alguns e-mails com seu assistente, tentando arranjar o encontro, mas sempre sem garantia nenhuma. E, para ajudar, fui informado de que o pr\u00e9dio estava em reformas, e por isso n\u00e3o ter\u00edamos acesso aos ve\u00edculos.<\/p>\n

Mas resolvi tentar a sorte. Tinha no\u00e7\u00e3o de que n\u00e3o seria algo f\u00e1cil, mas pelo menos sabia que Barris estava na cidade, e n\u00e3o em nenhuma conven\u00e7\u00e3o ou evento, e assim, numa at\u00edpica nublada manh\u00e3 de ter\u00e7a-feira em Hollywood, cheguei \u00e0 porta da loja e oficina desta lenda.<\/p>\n

A fachada do pr\u00e9dio j\u00e1 era um espet\u00e1culo, e demorei um pouco para entrar, pois fiquei ali fora admirando as assinaturas na cal\u00e7ada, os desenhos na vitrine e o beco do lado direito, onde um enorme grafite do Batm\u00f3vel decorava a parede. Entrei pela porta de servi\u00e7o, e fui recepcionado pelo simp\u00e1tico Tony, assistente de George, que me disse que o senhor Barris estava, sim, em seu escrit\u00f3rio, mas que estava aborrecido com a reforma, e que havia dias n\u00e3o recebia ningu\u00e9m.<\/p>\n

Mas a\u00ed lembrei a Tony que j\u00e1 hav\u00edamos conversado por e-mail, e j\u00e1 que tinha vindo de t\u00e3o longe, gostaria de tentar ao menos uma foto. Tony me desencorajou, mas entrou no escrit\u00f3rio assim mesmo. Alguns minutos se passaram at\u00e9 que surgiu um senhor com aspecto cansado, e realmente com cara de poucos amigos.<\/p>\n

Acho que Tony deve ter insistido um bocado para fazer com que George Barris sa\u00edsse de seu escrit\u00f3rio. Mas, para minha sorte, l\u00e1 estava eu, ao lado do homem que tinha criado alguns dos carros mais incr\u00edveis do mundo, e que acompanharam meus passos desde a inf\u00e2ncia.<\/p>\n

Mal nos apresentamos e Tony j\u00e1 pediu a m\u00e1quina fotogr\u00e1fica para fazer a foto. Foi tudo muito r\u00e1pido. E se hoje meu ingl\u00eas ainda \u00e9 sofr\u00edvel, imaginem na primeira vez que estive l\u00e1… Mas foi com esse ingl\u00eas de \u201cpasteleiro\u201d que gaguejei alguma coisa para o rei da customiza\u00e7\u00e3o. E, antes que ele pudesse dar as costas e voltar para seu escrit\u00f3rio, consegui articular uma frase completa, onde contei que tinha um carro no Brasil e que muito do que havia feito nele tinha sido inspirado no trabalho dos irm\u00e3os Barris.<\/p>\n

Nesse momento acho que George passou a me olhar de uma forma diferente. Eu n\u00e3o era apenas mais um turista que passava ali para ver o Batm\u00f3vel (sim, o Batm\u00f3vel estava l\u00e1… e eu vi!). Era uma pessoa que conhecia e reconhecia seu trabalho.<\/p>\n

George Barris ent\u00e3o abriu um sorriso e perguntou de onde eu era. Quando disse \u201cBrasil\u201d, ele me olhou melhor, sorriu e me perguntou: \u201cVoc\u00ea tem fotos a\u00ed do seu carro?\u201d. Eu, com a ingenuidade de quem n\u00e3o conhece bem seus limites, disse que n\u00e3o tinha nada em m\u00e3os, mas se ele me emprestasse um computador, poderia lhe mostrar.<\/p>\n

Santa caranga, Batman!<\/strong><\/p>\n

Fui ent\u00e3o n\u00e3o s\u00f3 convidado para entrar na loja (que realmente estava em reforma), como para ir at\u00e9 o escrit\u00f3rio de George Barris. UAU! No caminho, um enorme carro sob uma lona… Acho que George deve ter lido nos meus olhos, e sem que eu sequer balbuciasse qualquer palavra, me disse: \u201cSim, \u00e9 o Batm\u00f3vel! Quer ver?\u201d Eu devo ter feito uma cara de retardado e gemido alguma coisa! Ele ent\u00e3o levantou a lona e come\u00e7ou a explicar alguns detalhes do carro: falou sobre a sirene, o bat-fone, a turbina… Mas eu realmente n\u00e3o conseguia tirar os olhos das faixas que envolviam aquela verdadeira obra de arte. Eram de um vermelho fluorescente t\u00e3o intenso que me impressionaram muito, e quando eu disse que at\u00e9 hoje s\u00f3 tinha visto aquele carro em \u201cpreto e branco\u201d, George Barris deve ter tido at\u00e9 pena de mim.<\/p>\n

Fato \u00e9 que, dali para frente, foram momentos incr\u00edveis, e o Mr. Kustom em pessoa passou a me dar uma aten\u00e7\u00e3o \u00edmpar. Quando finalmente est\u00e1vamos em seu escrit\u00f3rio e eu consegui parar de babar dentro daquele verdadeiro santu\u00e1rio, acessei uma p\u00e1gina na internet com as fotos de meu Ford Business Coupe1951 e George passou a olh\u00e1-las com muita aten\u00e7\u00e3o, at\u00e9 que, em determinado momento, me perguntou, quase incr\u00e9dulo: \u201cVoc\u00eas realmente t\u00eam carros assim l\u00e1 no Brasil?\u201d. Neste momento pude compartilhar com ele um pouco da Kultura Kustom brasileira, e mostrei fotos de carros de alguns amigos, falei da Revista Hot Rods, dos eventos, e vi que ele se animou.<\/p>\n

Nossa conversa s\u00f3 foi interrompida porque Tony lembrou que George tinha um compromisso, e tinha que sair. Mr. Barris se desculpou, se despediu, mas n\u00e3o sem antes me dar alguns presentes incr\u00edveis, que guardo at\u00e9 hoje com muito carinho. Alguns deles, como a foto autografada, uma miniatura 1:64 do Batm\u00f3vel, que al\u00e9m de numerada, assinada e com o selo da Barris Kustom, na \u00e9poca ainda n\u00e3o havia chegado no Brasil, fazem parte da decora\u00e7\u00e3o da minha casa at\u00e9 hoje.<\/p>\n

A verdade \u00e9 que a simpatia e humildade que George Barris mostrou naquele dia foram marcantes, e me levaram a admirar ainda mais aquele homem apaixonado pelo que fazia, e estar\u00e1 sempre em minha mem\u00f3ria como o protagonista de um dos dias mais incr\u00edveis da minha vida!<\/p>\n