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{"id":2177,"date":"2017-10-07T12:00:24","date_gmt":"2017-10-07T15:00:24","guid":{"rendered":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/?p=2177"},"modified":"2017-10-06T15:09:49","modified_gmt":"2017-10-06T18:09:49","slug":"picape-f100-v8-antigo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/picape-f100-v8-antigo\/","title":{"rendered":"Picape F-100 V8: prazer intenso!"},"content":{"rendered":"
Empres\u00e1rio paulistano mant\u00e9m em Atibaia (SP) uma pequena cole\u00e7\u00e3o de hots V8 muito bem montados e com cara de originais<\/strong><\/h2>\n
Hot que \u00e9 hot tem que ser V8. Este \u00e9 o lema do empres\u00e1rio Armando Mantovani Filho, de 61 anos. Todos os carros de Armando contam com esta configura\u00e7\u00e3o mec\u00e2nica. At\u00e9 seu Jeep Willys 1964, seu primeiro projeto de restaura\u00e7\u00e3o e adapta\u00e7\u00e3o, tem oito \u201ccanecos\u201d debaixo do cap\u00f4. E \u00e9 claro que com esta F-100 as coisas n\u00e3o poderiam ser diferentes, at\u00e9 porque este carro j\u00e1 vinha com essa configura\u00e7\u00e3o de motor quando sa\u00eda da f\u00e1brica, em 1961. O que Armando fez foi melhorar e modernizar o que j\u00e1 vinha de f\u00e1brica. Esta n\u00e3o \u00e9 a primeira picape da vida de Armando. O empres\u00e1rio tamb\u00e9m tem no curr\u00edculo outros modelos, como uma F-1 1946 e uma Dodge 1951. \u201cDepois desses carros, o que me faltava era a F-100. Eu sempre tive prefer\u00eancia pelo modelo de 1961, por isso decidi esperar a oportunidade certa para comprar e acabei adquirindo esta de um m\u00e9dico de Campinas\u201d, conta o empres\u00e1rio.<\/p>\n
Tem que caber <\/strong><\/p>\n
Na garagem da sua casa em Atibaia, no interior de S\u00e3o Paulo, desde 2009, a picape chegou em bom estado \u00e0s m\u00e3os do empres\u00e1rio. Sua ideia sempre foi manter um visual t\u00e3o pr\u00f3ximo quanto poss\u00edvel do original. O visual externo \u00e9 s\u00f3brio e a cor preta original foi mantida, mas totalmente refeita. \u201cComo ela n\u00e3o estava muito enferrujada, n\u00e3o foi preciso jatear, mas raspamos totalmente a tinta antiga e pintamos novamente\u201d, conta o empres\u00e1rio, que importou todos os detalhes externos, como emblemas, espelhos retrovisores e a grade cromada. As rodas s\u00e3o originais, mas seus cubos foram adaptados para o aro 15. Os pneus s\u00e3o Cooper Cobra, nas medidas 235\/75. Apesar dos pneus largos e de ter usado um diferencial de Galaxie, Armando n\u00e3o queria de maneira nenhuma mexer na propor\u00e7\u00e3o do visual original. Por isso, decidiu cortar o diferencial para que as rodas pudessem \u201ccaber\u201d dentro dos para-lamas. A ca\u00e7amba recebeu um assoalho em madeira ip\u00ea, com frisos cromados entre as t\u00e1buas.<\/p>\n
Por dentro, pouca coisa foi feita. Os instrumentos originais da picape foram retirados e passaram por uma meticulosa restaura\u00e7\u00e3o para funcionar bem com o novo conjunto mec\u00e2nico. Os bancos receberam novas forra\u00e7\u00f5es em couro. O volante \u00e9 da Lenker, de tr\u00eas raios, com pegada esportiva.<\/p>\n
292\u201d para 302\u201d <\/strong><\/p>\n
A parte mec\u00e2nica foi a que recebeu maiores modifica\u00e7\u00f5es. O propulsor original j\u00e1 era de oito cilindros, mas o antigo modelo 292\u201d deu lugar ao atual 302\u201d, modelo original do Maverick GT e principal propulsor de oito cilindros da Ford. A cilindrada original de 5.0L n\u00e3o foi alterada, mantendo como veio da f\u00e1brica toda a parte \u201cde baixo\u201d do motor. Os comandos de v\u00e1lvulas originais foram substitu\u00eddos por modelos 272\u00b0, mais esportivos, mas que n\u00e3o chegam a atrapalhar a marcha lenta da picape.<\/p>\n
As tampas de v\u00e1lvula da Ford Racing vieram diretamente dos EUA e d\u00e3o um toque de esportividade ao visual do propulsor, assim como os cabos de vela azuis, ligados ao distribuidor Mallory. O filtro de ar tamb\u00e9m \u00e9 da Ford Racing e purifica o ar que entra pelo carburador quadrijet da Holley. O c\u00e2mbio \u00e9 um C-4, autom\u00e1tico, com acionamento na coluna. Segundo o empres\u00e1rio, este \u00e9 o modelo que se \u201cacopla\u201d melhor ao motor 302\u201d, tanto em termos de esportividade quanto suavidade na condu\u00e7\u00e3o. Conforme explicamos acima, o diferencial \u00e9 do Galaxie. Segundo o empres\u00e1rio, este era o que melhor se adequava ao conjunto. \u201cComo eu estava usando o 302\u201d, com o c\u00e2mbio C-4, a parte final da receita foi o diferencial de Galaxie, pois achamos que daria uma \u00f3tima rela\u00e7\u00e3o\u201d, comenta. A suspens\u00e3o original era em feixe de molas, considerada por Armando muito \u201cdura\u201d.<\/p>\n
Ele decidiu, ent\u00e3o, adaptar o conjunto do Galaxie na dianteira, para dar mais conforto na condu\u00e7\u00e3o. Para fazer a adapta\u00e7\u00e3o, foi preciso cortar o chassi do Galaxie com a parte da suspens\u00e3o e a mesma parte na F-100, para depois fazer a jun\u00e7\u00e3o. Na traseira, que antes tamb\u00e9m tinha feixe de molas, a suspens\u00e3o foi feita com molas helicoidais, que segundo o propriet\u00e1rio garantem uma boa estabilidade e maciez. Para parar os estimados 240cv de pot\u00eancia da picape, os freios dianteiros s\u00e3o a disco. Na traseira, s\u00e3o a tambor, com hidrov\u00e1cuo da F-1000. Assim como os outros carros da cole\u00e7\u00e3o de Armando \u2013 um deles, um Ford 1931 que veremos adiante -, a F-100 \u00e9 utilizada principalmente para exposi\u00e7\u00f5es, quando nunca sai de perto dos olhos do \u201cpaiz\u00e3o\u201d. \u201cEm eventos \u00e9 normal eu ter que ficar perto pedindo para as pessoas n\u00e3o colocarem a m\u00e3o\u201d, brinca o empres\u00e1rio.<\/p>\n
![\"\"](\"http:\/\/revistahotrods.com.br\/wp-content\/uploads\/2016\/05\/Hot-87_web-176-150x150.jpg\")
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