Texto: Vitor Giglio
\nFotos: Ricardo Kruppa<\/p>\n
Bastou assistir a alguns programas do canal por assinatura Discovery Turbo e ser propriet\u00e1rio de uma empresa que trabalha com chapas galvanizadas de alum\u00ednio. Estas duas condi\u00e7\u00f5es foram mais que suficientes para que Orlando Souza Franca, 36 anos, nascido em Mau\u00e1, Grande S\u00e3o Paulo, e residente em Curitiba (PR), pudesse realizar um sonho de inf\u00e2ncia: possuir um hot rod. Mas por qual motivo o sonho demorou tanto tempo para ser concretizado? \u201cGosto de ve\u00edculos antigos desde crian\u00e7a, mas antes as condi\u00e7\u00f5es financeiras n\u00e3o ajudavam. Agora, finalmente, pude realizar um sonho\u201d, explica o mais novo rodder.<\/p>\n
Hot Rod Americano<\/strong><\/p>\n A grande inspira\u00e7\u00e3o para que Orlando definisse como seria seu projeto foi o Alumatub, um ve\u00edculo desenvolvido em alum\u00ednio pelos profissionais do programa American Hot Rods, exibido pela Discovery Turbo. \u201cQuando vi aquele carro me pareceu um sinal. Como eu trabalhava com alum\u00ednio, seria um projeto bonito, mais barato e que, ao mesmo tempo, pudesse mostrar o servi\u00e7o que minha empresa \u00e9 capaz de fazer\u201d, conta orgulhoso. Inicialmente, Orlando procurava por um Ford Tudor para usar como base do projeto, mas quis o destino que em suas m\u00e3os ca\u00edsse o chassi de uma picape Ford 1929. \u201cNa verdade, hoje em dia, de Ford 1929 ele s\u00f3 tem o documento, pois nem mesmo o chassi n\u00f3s pudemos aproveitar e acabamos criando um novo especialmente para o projeto\u201d, explica.<\/p>\n Para Orlando, o mais importante em seu primeiro projeto s\u00e3o as caracter\u00edsticas que ele possui. \u201cNo final das contas, um hot rod n\u00e3o \u00e9 apenas um carro, mas um carro que tem a cara de seu dono\u201d, garante, sem deixar d\u00favidas sobre suas prefer\u00eancias, transferidas ao novo xod\u00f3.<\/p>\n Seis meses de trabalho<\/strong><\/p>\n A customiza\u00e7\u00e3o da picape durou exatamente seis meses. E todo o servi\u00e7o foi realizado na empresa de Orlando. Toda a carroceria do ve\u00edculo foi desenvolvida em alum\u00ednio, em camadas grossas, que deixaram o ve\u00edculo com cerca de 950 quilos no final das contas, n\u00e3o t\u00e3o leve como possa parecer. Al\u00e9m disso, coluna de dire\u00e7\u00e3o, radiador, ma\u00e7anetas, painel, tampa de v\u00e1lvula e outros pequenos acess\u00f3rios foram produzidos com o mesmo material.<\/p>\n Sob o cap\u00f4, um motor Chevy 350 foi selecionado para dar vida ao ve\u00edculo. A suspens\u00e3o recebeu barra de tor\u00e7\u00e3o enquanto a traseira \u00e9 uma 4link com coil over e o diferencial \u00e9 Dana 44. O conjunto mec\u00e2nico disp\u00f5e ainda de transmiss\u00e3o autom\u00e1tica TH 350. Todo o sistema \u00e9 respons\u00e1vel pela gera\u00e7\u00e3o de 290HP e, de acordo com o propriet\u00e1rio, faz cerca de 5 quil\u00f4metros por litro de combust\u00edvel.<\/p>\n Alumatub brasileiro<\/strong><\/p>\n Com rela\u00e7\u00e3o ao aspecto visual, o hot de Orlando n\u00e3o deve nada ao desenvolvido pelos especialistas do American Hot Rod. Destacam-se em meio \u00e0 carroceria de alum\u00ednio pneus Pirelli, de 15\u201d na dianteira, e Toyo, de 17\u201d na traseira, al\u00e9m de lanternas originais do Ford 1929 e far\u00f3is fabricados em alum\u00ednio, bem como ponteiras de escape da Zelo.<\/p>\n Outro importante detalhe do projeto \u00e9 a ca\u00e7amba, que abriga o tanque de combust\u00edvel \u2013 tamb\u00e9m de alum\u00ednio \u2013 e assoalho em madeira. No interior, destaque para volante e pedais Art Billits e para o centro do painel, que abriga rel\u00f3gios Cronomac em meio a um lat\u00e3o dourado, adicionado para agregar ainda mais charme ao b\u00f3lido. Bancos e laterais de porta receberam o revestimento de couro. Orlando conta que a paix\u00e3o com o xod\u00f3 \u00e9 tanta que ele s\u00f3 n\u00e3o sai da garagem quando est\u00e1 chovendo, e que passou um grande susto recentemente, apesar de todos os cuidados que tem com o b\u00f3lido.<\/p>\n \u201cO carro pegou fogo poucos dias depois que fizemos as fotos, mas ele foi controlado e chegou a danificar s\u00f3 uma pequena parte na dianteira. Na hora pensei que ia perder o carro, mas tudo foi controlado\u201d, explica o propriet\u00e1rio que j\u00e1 providencia a restaura\u00e7\u00e3o da picape. No final das contas, a moral da hist\u00f3ria \u00e9 que a primeira vez, a gente nunca esquece!<\/p>\n
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