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{"id":3547,"date":"2018-04-27T12:00:55","date_gmt":"2018-04-27T15:00:55","guid":{"rendered":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/?p=3547"},"modified":"2018-04-12T17:57:59","modified_gmt":"2018-04-12T20:57:59","slug":"plymouth-carro-antigo-muscle","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/plymouth-carro-antigo-muscle\/","title":{"rendered":"Esportivo antigo: Plymouth Road Runner 1970 de 470 cv"},"content":{"rendered":"

Esse \u00edcone gera cavalaria absurda para emplacar o melhor do estilo “ponycar”<\/strong><\/h2>\n

Texto: Fl\u00e1vio Faria
\nFotos: Ricardo Kruppa<\/p>\n

Plymouth Road Runner 1970<\/strong><\/h3>\n

Com investimento de 50 mil d\u00f3lares pelos direitos autorais de imagem e mais 10 mil d\u00f3lares pelo direito de reproduzir o som na buzina, a Plymouth criou um dos carros mais simb\u00f3licos dos anos 70, o Road Runner. O dinheiro foi pago \u00e0 Warner Bros, detentora dos direitos do personagem Papa-l\u00e9guas, conhecido pela sua velocidade nas estradas do deserto. O nome casou perfeitamente com o carro, um leg\u00edtimo \u201cponycar\u201d, t\u00edtulo criado para muscle cars com a carroceria mais compacta e com motores grandes. O Road Runner foi produzido at\u00e9 o come\u00e7o dos anos 80, mas suas melhores vers\u00f5es est\u00e3o nos anos 70.<\/p>\n

O modelo adquirido pelo representante comercial Mauricio Fontanetti, de 38 anos, \u00e9 justamente desta fase de gl\u00f3rias. Importado diretamente da terra do Tio Sam, este Papa-l\u00e9guas \u00e9 de 1970, mas n\u00e3o chegou aqui nas melhores condi\u00e7\u00f5es. \u201cMinha hist\u00f3ria vem de longa data, pois meu pai, Fernando Fontanetti, sempre teve Dodge, e acabei crescendo dentro deles e aprendendo a dirigir em um deles\u201d, conta Mauricio. O pai dele acabou vendendo os carros e a paix\u00e3o dele ficou arquivada. \u201cAt\u00e9 que um dia, j\u00e1 com a vida mais arrumada, meu amigo Celso Abdo chegou com o Dart dele, a\u00ed deu uma coceira e fui atr\u00e1s de um\u201d. Em agosto de 2010, Maur\u00edcio foi para o Mopar Nationals, em Columbus, com a turma do Chrysler Clube do Brasil, e colocou na cabe\u00e7a que queria um gringo. \u201cDepois de uma ano acabei comprando o Road Runner e itens, como suspens\u00e3o e motor, tamb\u00e9m foram importados. Ele precisava de alguns reparos na carroceria, mas o maior problema era o motor, que estava condenado\u201d, conta o representante, que precisou esperar 12 meses pela restaura\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

\"plymouth_carro_antigo_hotrods-1\"<\/a><\/p>\n

Vitamina C<\/strong><\/p>\n

Por fora, impera o visual original, que, convenhamos, seria uma heresia mudar. Mauricio tamb\u00e9m decidiu manter a cor original laranja, nomeado pela Plymouth como \u201cVitamin C\u201d. Frisos, retrovisores, ma\u00e7anetas e emblemas s\u00e3o todos originais do modelo. As rodas s\u00e3o de 14\u201d, modelo Rallye, montadas em pneus BFGoodrich nas medidas 245\/60.<\/p>\n

Por dentro, tudo tamb\u00e9m est\u00e1 como chegou da f\u00e1brica. Os bancos s\u00e3o em curvin, assim como a forra\u00e7\u00e3o do interior. O volante tamb\u00e9m \u00e9 original. O contagiros com rel\u00f3gio \u00e9 um acess\u00f3rio de \u00e9poca que Mauricio teve de pedir para um amigo trazer dos EUA na bagagem.<\/p>\n

\"plymouth_carro_antigo_hotrods-7\"<\/a><\/p>\n

Big block<\/strong><\/p>\n

Por baixo do cap\u00f4 deste passarinho do deserto est\u00e1 um impressionante big block de 383\u201d. S\u00e3o 6.2L de cilindrada, que poderiam facilmente fazer este coup\u00e9 de duas portas subir em uma parede ou puxar uma carreta. E sem subir demais o giro.<\/p>\n

Originalmente, este motor gera quase 350 cavalos, mas por algum motivo Mauricio achou que era importante ter ainda mais. Por isso, decidiu adotar comandos de v\u00e1lvulas maiores (274\/286), mandou retrabalhar os cabe\u00e7otes para aumentar e melhorar o fluxo e trocou bombas de \u00f3leo e \u00e1gua por modelos high volume, al\u00e9m de algumas outras \u201cpimentinhas\u201d. Atualmente, o b\u00f3lido desenvolve absurdos 470cv de pot\u00eancia, aferidos em dinam\u00f4metro. E para parar? \u201c\u00c9 pura adrenalina\u201d, resume Maur\u00edcio, isso porque as quatro rodas t\u00eam freios a tambor.<\/p>\n

O c\u00e2mbio \u00e9 autom\u00e1tico, original. A suspens\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 de f\u00e1brica, mas teve a frente rebaixada, pois, segundo Mauricio, era alta demais. Apesar de toda a pot\u00eancia, o representante comercial conta que o carro \u00e9 \u201cna m\u00e3o\u201d e n\u00e3o d\u00e1 muito trabalho para o piloto.<\/p>\n

Tenta pegar, Coiote!<\/p>\n\n