\u201cFalando\u201d alto com o 302 V8 5.0 litros, este raro cup\u00ea rebaixado tem fama de mau e mesmo assim sabe agradar at\u00e9 os mais puristas<\/strong><\/h2>\n

Texto: Bruno Bocchini
\nFotos: Ricardo Kruppa<\/p>\n

Ford Custom Club Coupe 1951<\/strong><\/h3>\n

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Para quem \u00e9 \u201crato de biblioteca\u201d ou internauta man\u00edaco fica f\u00e1cil saber: a Ford apresentou em 1949<\/a> um carro com para-lamas integrado e detalhes de aerodin\u00e2mica que surpreendiam at\u00e9 os mais cr\u00edticos. Popularmente chamado de “Ford Shoebox”, ou caixa de sapato, esse projeto, que continuou at\u00e9 1951, contava com design slab-sided (alto-magro). Paulo Cezar Patriani, advogado de Curitiba (PR), aproveitou a hist\u00f3ria para transpor ao presente: nomeou seu modelo Ford Custom Club Coupe 1951 de ‘BlueBox’. De t\u00e3o imponente, esse cl\u00e1ssico tamb\u00e9m poderia, facilmente, ter uma men\u00e7\u00e3o a Elvis Presley: Blue Suede Shoes. Entre uma escrita e outra, um apelido ou outro, o fato \u00e9 que o modelo se tornou um verdadeiro street hot<\/a> \u2013 capaz de fazer marmanjo revirar o pesco\u00e7o para olh\u00e1-lo.<\/p>\n

Patriani conta que, em 2007, visitou a cidade do Rio de Janeiro ao lado do amigo Carlos Zanicotti, o Quinho, respeit\u00e1vel comerciante de autom\u00f3veis de Curitiba. A ideia era avaliar o estado de conserva\u00e7\u00e3o deste raro modelo Custom Club Coupe de 1951. “Considerando que motoriza\u00e7\u00e3o e c\u00e2mbio n\u00e3o eram originais, ficamos em d\u00favida quanto ao neg\u00f3cio, pedimos uma semana de prazo para o propriet\u00e1rio e voltamos sem o carro a Curitiba. Ap\u00f3s ponderar que todo o restante das pe\u00e7as, estrutura e acess\u00f3rios, eram originais, e eu j\u00e1 possu\u00eda guardado um 302 V8 com uma transmiss\u00e3o C4 revisada, fechei neg\u00f3cio e mandei buscar o Ford\u00e3o”, conta.<\/p>\n

“O projeto inicial era manter o carro com sua apar\u00eancia original, visto que j\u00e1 tenho um hot rod, o \u201cOld Dog\u201d Ford Tudor 1931<\/a>, campe\u00e3o em \u00c1guas de Lindoia (SP)<\/a> em 2012, feito pela Hot & Rusty, do grande amigo S\u00e9rgio Liebel \u2013 e que foi capa desta revista na edi\u00e7\u00e3o 60″, comenta Patriani.<\/p>\n

Ap\u00f3s contrariedades e muito estresse com profissionais do mercado, o entusiasta resolveu redirecionar a proposta (uma vez que j\u00e1 havia perdido tempo e dinheiro). Foi ent\u00e3o que ele aguardou agenda da oficina Hot & Rusty de Curitiba. “Junto ao Liebel o cl\u00e1ssico ganhou contorno. O chassi e a suspens\u00e3o s\u00e3o originais e para rebaixarmos o carro 10 cm o assoalho foi levantado. Foram a\u00e7\u00f5es sutis, pontuais, mas que fizeram grande diferen\u00e7a e contribu\u00edram para aquilo que, em princ\u00edpio, seria uma modesta restaura\u00e7\u00e3o para o original, e acabou se tornando o projeto do street hot mais bonito do Brasil”, comemora.<\/p>\n

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