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{"id":511,"date":"2016-11-27T12:40:37","date_gmt":"2016-11-27T15:40:37","guid":{"rendered":"http:\/\/winterstudios.com.br\/hotrods\/?p=511"},"modified":"2016-11-29T12:41:49","modified_gmt":"2016-11-29T15:41:49","slug":"o-segredo-das-pin-ups","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/o-segredo-das-pin-ups\/","title":{"rendered":"Pin-ups e seus segredos"},"content":{"rendered":"

Entenda um pouco mais sobre o surgimento deste movimento e sua influ\u00eancia no cotidiano da sociedade<\/em><\/strong><\/p>\n

Texto: Victor Rodder<\/em>
\nFotos: Divulga\u00e7\u00e3o<\/em><\/p>\n

Apreciar a beleza e a forma \u00e9 algo natural, e para isso n\u00e3o precisamos saber se determinado carro tem um motor 454 ou um 302. Olhamos e o consideramos bonito. Mas quando conseguimos diferenciar alguns aspectos e aprendemos mais sobre qualquer assunto, passamos a admirar e dar o devido valor a esse assunto. Este foi um dos fatores que me motivou a falar um pouco mais sobre pin-ups. Minha hist\u00f3ria com as pin-ups \u00e9 antiga: veio junto com o amor pelos carros, pela m\u00fasica e por tudo aquilo que remete \u00e0 d\u00e9cada de 50. Tenho em casa uma modesta cole\u00e7\u00e3o de livros, revistas, calend\u00e1rios e post cards sobre o tema, e posso ainda me gabar de ter em meu circulo de amizades, quem eu considero a primeira \u201cpin-up\u201d moderna brasileira: a carioca Ana Bandarra, que estar\u00e1 na pr\u00f3xima edi\u00e7\u00e3o em uma entrevista exclusiva. E \u00e9 com base nessa experi\u00eancia que vou tentar dividir com voc\u00eas um pouco do que aprendi, sempre sem a menor pretens\u00e3o de saber de tudo ou de dar a palavra final sobre qualquer assunto.<\/p>\n

Prim\u00f3rdios<\/strong><\/p>\n

Desde a pr\u00e9-hist\u00f3ria existe algum grau de venera\u00e7\u00e3o para com a forma feminina. Um bom exemplo s\u00e3o as esculturas paleol\u00edticas de mulheres bem dotadas.<\/p>\n

N\u00e3o se sabe bem se eram s\u00edmbolos de fertilidade ou talism\u00e3s er\u00f3ticos repassados por ca\u00e7adores \u201cmais animados\u201d, mas o fato \u00e9 que estavam l\u00e1, no alvorecer da humanidade. De l\u00e1 pra c\u00e1, passamos por gregos, romanos, a idade m\u00e9dia e os nus proibidos dos monges italianos, o renascimento de Da Vinci, Michelangelo, Ticiano; o neoclassicismo da Europa do s\u00e9culo XVIII, a arte acad\u00eamica e novamente… isso para ficar no Ocidente! Se pensarmos em \u00cdndia, Jap\u00e3o e China vai faltar espa\u00e7o na mat\u00e9ria desse m\u00eas. Fato \u00e9 que as mulheres e suas representa\u00e7\u00f5es art\u00edsticas est\u00e3o desde sempre em nossa cultura, mas foi por conta do surgimento da imprensa e posteriormente da forte influ\u00eancia das revistas ilustradas norte-americanas da d\u00e9cada de 20 e da ilustra\u00e7\u00e3o publicit\u00e1ria que se seguiu que as pin-ups entraram na nossa vida!<\/p>\n

Pin-up art<\/strong><\/p>\n

\u201cPin-up\u201d \u00e9 qualquer coisa que esteja pendurada por um alfinete, gancho ou prego, e que tenha alguma representa\u00e7\u00e3o para quem o pendurou. Pode ser desde um avi\u00e3o at\u00e9 uma simples foto 3X4, mas vamos nos concentrar no conceito tradicional de pin-up: a Pin-up art. A \u201cPin-up art\u201d surgiu em meados da d\u00e9cada de 30, e s\u00e3o consideradas pin-ups os desenhos, ilustra\u00e7\u00f5es ou fotos criadas e tendo como objeto principal uma figura feminina e sexy, levemente sensual, sem serem expl\u00edcitas, mas provocantes. Um misto de sedu\u00e7\u00e3o e ingenuidade. Tais imagens necessariamente devem ser produzidas com o fim espec\u00edfico de serem reproduzidas em grande escala, sendo os calend\u00e1rios o melhor exemplo. Hoje o termo pin-up abrange uma enorme gama de tipos de arte e fotografia, e representa inclusive um estilo de vida para algumas pessoas.<\/p>\n

Mas em sua concep\u00e7\u00e3o original, lugar de Pin up era na parede3! Infelizmente na \u00faltima d\u00e9cada eu assisti de camarote, e com uma certa dose de indigna\u00e7\u00e3o, o termo ser popularizado e distorcido, utilizado de forma equivocada e sem que se explicasse corretamente o que era \u201cpin-up\u201d. Mas a informa\u00e7\u00e3o vem chegando e, atualmente, at\u00e9 na Wikip\u00e9dia se encontra uma boa defini\u00e7\u00e3o do que s\u00e3o as pin-ups. E apesar da forte associa\u00e7\u00e3o com a d\u00e9cada de 50, pelo que j\u00e1 escrevi fica claro que a pin-up art \u00e9 bem anterior. Para ilustrar, vale mencionar um dos primeiros registros publicit\u00e1rios envolvendo pin-up, da empresa de bebidas White Rock, que em 1893 lan\u00e7ou uma campanha com o slogan \u201cTrue purity and quality\u201d (verdadeira pureza e qualidade). Outro bom exemplo \u00e9 o desenho de Gibson, de 19015: reconhecida como a primeira obra \u201cpin-up\u201d universal \u2013 \u201cadorada pelos homens, imitada pelas mulher. Uma influ\u00eancia nos costumes e na moda de sua \u00e9poca\u201d. Gibson era norte americano e fez sua estr\u00e9ia em 1887. Mas na Europa os cartazes da Art Nouveau de Alphonse Mucha6 e Jules Ch\u00e9ret tamb\u00e9m j\u00e1 delineavam contornos do que viria a ser a arte das pin-ups. Mas naquela \u00e9poca o termo pin-up ainda n\u00e3o era usado. Representa\u00e7\u00f5es femininas em fotos e ilustra\u00e7\u00f5es eram conhecidos e divulgados pela imprensa como \u201cchesscake\u201d, uma das categorias de pin-ups que falarei adiante.<\/p>\n

A palavra pin-up foi documentada pela primeira vez na l\u00edngua inglesa em 1940, no auge das publica\u00e7\u00f5es de Vargas e Elvgren , e em 1942 j\u00e1 estava em todas as m\u00eddias dispon\u00edveis da \u00e9poca. \u00c9 de 1942 o filme de Betty Grable \u2013 Pinup Girl. Betty foi sem d\u00favida a rainha das Pin-ups de sua \u00e9poca, e a foto publicit\u00e1ria do filme uma das mais impressas e \u201cpenduradas\u201d at\u00e9 hoje. Juntamente com essa imagem de Betty Grable, outra imagem que vem imediatamente a mente quando falamos em pin-ups cl\u00e1ssicas \u00e9 a de Marilyn Monroe, deitada sobre um tecido vermelho. A era cl\u00e1ssica do \u201cpin-up art\u201d na minha modesta opini\u00e3o, acabou no in\u00edcio da d\u00e9cada de 50. Com o fim da guerra e achega da dos anos 50, uma profus\u00e3o de fotografias e \u201cmodelos\u201d de qualidade duvidosa invadiu as publica\u00e7\u00f5es masculinas, os pulp fictions e os calend\u00e1rios, fazendo com que o resultado final passasse a ser cada vez menos sedutor e mais apelativo. L\u00f3gico que alguns trabalhos eram muito bons, como os que Bettie Page11 fazia.<\/p>\n

Bettie ganhou notoriedade nos anos 50 e era uma das modelos de maior sucesso de sua gera\u00e7\u00e3o. As produ\u00e7\u00f5es de suas fotos eram boas e os temas representavam bem outras duas linhas de fotos comumente associadas \u00e0s pin-ups: O burlesco e o fetichismo. Sua carreira come\u00e7ou em S\u00e3o Francisco, mas foi em uma viagem para o Taiti com seu primeiro marido, Neal, que surgiu o \u00edcone Bettie Page. Nos cinco anos que se passaram ap\u00f3s sua viagem, Bettie Page trouxe para as p\u00e1ginas das publica\u00e7\u00f5es norte-americanas um novo conceito: as mulheres morenas de sol, com mais corpo e volume. Assim como Luz Del Fuego, Bettie passou a tomar banhos de sol nua e se exercitar cada vez mais. Quando se divorciou de Neal mudou-se para Nova Iorque e l\u00e1, em 1950, conheceu o policial e fot\u00f3grafo amador Jerry Tibbs. Foi ele o criador da\u201cpin-up\u201d Bettie, pois identificou \u00e0 \u00e9poca que a testa de sua modelo era larga demais para usar o cabelo partido ao meio.<\/p>\n

Bettie, ent\u00e3o, eternizou a franja convexa lisa, que se tornou sua marca registrada. Bettie tamb\u00e9m investiu no mundo da moda: dizem ser dela a cria\u00e7\u00e3o dos maios, biqu\u00ednis e a cl\u00e1ssica tanga de oncinha. Mas foram os fot\u00f3grafos Irving Klaw e Bunny Yeager que imortalizariam a pin-up Bettie Page. Ela j\u00e1 havia trocado a careira de secret\u00e1ria pela vida de modelo h\u00e1 muito tempo quando aceitou posar para Klaw, que lhe pediu poses com bondage. Quando as fotos foram publicadas, o ent\u00e3o presidente do Senado Carey Kefauver, indignado com as fotografias de Irving e a apologia ao sadomasoquismo, requisitou a pr\u00f3pria modelo a depor. Era o que Bettie mais precisava. Publica\u00e7\u00f5es da \u00e9poca como Eyeful, Beauty Parade e Wink imploraram por trabalhos seus at\u00e9 que em janeiro de 1955 foi capa da Playboy e no mesmo ano recebeu das m\u00e3os do pr\u00f3prio Hugh Hefner o t\u00edtulo de \u201c Miss Pin-Up Girl do Mundo\u201d.<\/p>\n