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{"id":5584,"date":"2019-02-22T10:47:20","date_gmt":"2019-02-22T13:47:20","guid":{"rendered":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/?p=5584"},"modified":"2019-02-20T16:55:40","modified_gmt":"2019-02-20T19:55:40","slug":"original-mercury-cougar-1967-o-primo-rico","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/original-mercury-cougar-1967-o-primo-rico\/","title":{"rendered":"Original: Mercury Cougar 1967, o primo rico"},"content":{"rendered":"

Conhe\u00e7a o Mercury Cougar 1967, vers\u00e3o mais sofisticada do esportivo Mustang<\/strong><\/h2>\n

Texto: Aur\u00e9lio Backo
\nFotos: Divulga\u00e7\u00e3o<\/p>\n

Mercury Cougar 1967<\/strong><\/h3>\n

Com o sucesso avassalador do Mustang<\/a>, a Ford Motor Company percebeu que poderia ganhar alguns d\u00f3lares a mais lan\u00e7ando uma vers\u00e3o mais sofisticada do seu esportivo. Esse seria destinado a um p\u00fablico com maior poder aquisitivo e n\u00e3o seria um Ford, seria um Mercury! E se chamaria Cougar.<\/p>\n

Na d\u00e9cada de 1960 essa montadora era formada por tr\u00eas divis\u00f5es, a b\u00e1sica Ford, a intermedi\u00e1ria Mercury e a luxuosa Lincoln<\/a>. Os pre\u00e7os dos modelos eram escalonados de tal forma que n\u00e3o houvesse “competi\u00e7\u00e3o” entre as divis\u00f5es. Mesmo guardando semelhan\u00e7a com o Mustang, o fato de o Cougar ser da divis\u00e3o Mercury j\u00e1 o posicionava em um patamar superior.<\/p>\n

\"Mercury<\/a>
Mercury Cougar 1967<\/figcaption><\/figure>\n

Origem do nome<\/strong><\/p>\n

O nome “Cougar” foi emprestado de um felino natural das Am\u00e9ricas. No Brasil n\u00f3s o chamar\u00edamos de “on\u00e7a parda”. Quem n\u00e3o gostou dessa escolha foi a inglesa Jaguar. A Jaguar tamb\u00e9m tinha no emblema um felino, pois seu nome significa “pantera”. E a Mercury tinha como p\u00fablico alvo tamb\u00e9m os compradores de Jaguar nos Estados Unidos. A publicidade da pr\u00f3pria Mercury enfatizava que o Cougar tinha um “toque” europeu.<\/p>\n

O Cougar de estreia foi o modelo 1967. E sua semelhan\u00e7a com o Mustang ficava apenas nas propor\u00e7\u00f5es, pois ambos compartilhavam a estrutura interna, plataforma, teto e um painel traseiro.<\/p>\n

\"Mercury<\/a>
Os far\u00f3is ocultos pela grade<\/figcaption><\/figure>\n

Externamente o elemento mais chamativo do novo carro era a grade dianteira, que ocupava toda a largura do carro, escondendo os far\u00f3is. Ao ligar as luzes, parte da grade levantava, deixando expostos os quatro far\u00f3is. Na traseira, a lanterna tamb\u00e9m ocupava toda a largura do carro, exceto pela placa. Essas eram decoradas com frisos verticais com desenho semelhante ao da grade dianteira. As luzes do pisca-pisca eram sequenciais, uma moda na \u00e9poca. Os tr\u00eas blocos acendiam em sequ\u00eancia, do centro para a extremidade, “apontando” a dire\u00e7\u00e3o do carro.<\/p>\n

O interior era todo em vinil e o volante tinha um toque bem ao estilo dos carros europeus, com detalhes em madeira.<\/p>\n

Mecanicamente o Cougar era 100% americano. Seu motor padr\u00e3o era um V8 de 4,7 litros e 200 HP, ou 225 HP se equipado com o carburador de corpo qu\u00e1druplo. Para quem queria mais pot\u00eancia, havia a op\u00e7\u00e3o ainda mais “americana” de um enorme V8 de 6,4 litros e 320 HP.<\/p>\n

\"Mercury<\/a>
Cougar GT 1967: equipado com motor V8 de 320 HP<\/figcaption><\/figure>\n

As vers\u00f5es<\/strong><\/p>\n

Na hora de comprar um Cougar, o interessado poderia optar por duas vers\u00f5es mais exclusivas \u2013 o Cougar GT ou o Cougar XR7. O GT era uma op\u00e7\u00e3o para quem queria um autom\u00f3vel com melhor desempenho e estabilidade. Era equipado com o motor V8 de 6,4 litros e 320 HP, rodas mais largas e suspens\u00f5es dianteira e traseira mais firmes. Externamente era identificado com pequenos emblemas “GT” nos para-lamas dianteiros. J\u00e1 a vers\u00e3o XR7 era escolhida por quem queria um autom\u00f3vel mais sofisticado. Internamente era mais requintado e tinha um inserto de madeira no painel. Externamente a vers\u00e3o era identificada por emblemas “XR7” nas laterais do teto.<\/p>\n

\"Mercury<\/a>
O interior era monocrom\u00e1tico e em vinil<\/figcaption><\/figure>\n

Cougar x Mustang<\/strong><\/p>\n

O pre\u00e7o de um Cougar b\u00e1sico era 2.851 d\u00f3lares, quase 16% a mais que os\u00a0 2.461 d\u00f3lares de um Mustang. Para termos uma ideia de quanto significava essa diferen\u00e7a, imaginemos que um Mustang custasse o pre\u00e7o de um Ford Focus 2016, cerca de 60 mil reais. Neste exemplo, para comprar um Cougar seriam necess\u00e1rios mais 9.000 reais. Valia?<\/p>\n

O Cougar fechou 1967 com 150.893 unidades produzidas, um excelente n\u00famero, mesmo parecendo pouco contra os 472.121 Mustangs. O Cougar atra\u00eda um cliente que procurava algo mais luxuoso e, portanto, n\u00e3o “roubava” os compradores de Mustang. Ponto para a Ford!<\/p>\n

A primeira gera\u00e7\u00e3o do Cougar durou at\u00e9 o modelo 1970, totalizando 437.031 unidades produzidas nesse per\u00edodo. Com o modelo 1971 se perdeu o charme dos far\u00f3is escondidos atr\u00e1s da grade e a carroceria ficou maior. A produ\u00e7\u00e3o continuou at\u00e9 1997, totalizando sete gera\u00e7\u00f5es. De todas as gera\u00e7\u00f5es, a primeira foi a mais elegante e aristocr\u00e1tica, e tamb\u00e9m a mais fiel ao nome “felino” da marca.<\/p>\n

VEJA TAMB\u00c9M:\u00a0Ford Mercury 1949 gringo p\u00f5e a prova seu \u00edmpeto.<\/a><\/p>\n\n