Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/index.php:1) in /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1768

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/index.php:1) in /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1768

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/index.php:1) in /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1768

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/index.php:1) in /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1768

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/index.php:1) in /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1768

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/index.php:1) in /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1768

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/index.php:1) in /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1768

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/index.php:1) in /home/u391979877/domains/revistahotrods.com.br/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1768
{"id":5613,"date":"2017-09-29T14:16:34","date_gmt":"2017-09-29T17:16:34","guid":{"rendered":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/?p=5613"},"modified":"2017-09-29T14:16:34","modified_gmt":"2017-09-29T17:16:34","slug":"tecnica-coupe-era-o-nosso-sonho","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/tecnica-coupe-era-o-nosso-sonho\/","title":{"rendered":"T\u00e9cnica: Coup\u00e9 era o nosso sonho"},"content":{"rendered":"

Queria poder dizer que a hora dos quatro portas estava chegando, por\u00e9m eles j\u00e1 se foram h\u00e1 muito tempo. Alguns derretidos, outros desmancharam em ferrugem<\/strong><\/h2>\n

Texto: Manoel G. M. Bandeira
\nFotos: Ricardo Kruppa<\/p>\n

Coup\u00e9<\/strong><\/h3>\n

No in\u00edcio dos anos 1980 ainda t\u00ednhamos uma quantidade consider\u00e1vel de carros \u201cvelhos\u201d em uso no Brasil. Os antigos n\u00e3o tinham nem de perto o valor que t\u00eam hoje. \u00c9 claro que carros de luxo e exemplares colecion\u00e1veis e raros sempre tiveram uma valoriza\u00e7\u00e3o maior.<\/p>\n

Lembro-me que o tio da minha namorada, na \u00e9poca, estava terminando a restaura\u00e7\u00e3o de dois carros. Um deles era um Impala<\/a> 1961 convers\u00edvel que pertencera ao rei… N\u00e3o, n\u00e3o \u00e9 o Elvis, mas a vers\u00e3o real da m\u00fasica brasileira, ele mesmo, o \u201crei\u201d Roberto Carlos.<\/p>\n

Esse Impala foi comprado por um valor equivalente a 10% do que custava um Fusca zero quil\u00f4metro \u00e0 \u00e9poca. Quando ele o comprou, o carro estava todo desmontado e necessitava de uma restaura\u00e7\u00e3o geral. Mas uma das coisas que me marcaram muito foi o que ele me disse sobre uma quantidade absurda de motores el\u00e9tricos, para acionamento dos bancos, capota etc. \u00c9 imposs\u00edvel imaginar o valor que poderia alcan\u00e7ar um carro desses hoje em dia.<\/p>\n

O outro carro era um Packard 1948 convers\u00edvel. O fato curioso \u00e9 que s\u00f3 existiam dois exemplares desta marca e ano pass\u00edveis de restaura\u00e7\u00e3o conhecidos pelos colecionadores. Um deles era esse convers\u00edvel e o outro \u00e9 um quatro portas em \u00f3timo estado de conserva\u00e7\u00e3o, que pertencia a outro colecionador. O detalhe \u00e9 que o convers\u00edvel estava com a frente destru\u00edda por um acidente no in\u00edcio dos anos 1970.<\/p>\n

Durante alguns anos os dois amigos \u201cbrigaram\u201d pelos carros. Cada um queria comprar o carro do outro, at\u00e9 que o dono do convers\u00edvel conseguiu comprar o quatro portas e, enfim, montou o Packard 1948 convers\u00edvel com seu imponente motor oito cilindros em linha. Esse carro levou a noiva no meu primeiro casamento, em 1981.<\/p>\n

\"Coupe\"<\/a><\/p>\n

Garimpo em ferros-velhos<\/strong><\/p>\n

O mundo dos colecionadores era fascinante, por\u00e9m absolutamente fora das possibilidades de qualquer jovem de classe m\u00e9dia que ousasse tentar ali uma aventura. Mas, como disse no in\u00edcio deste artigo, no come\u00e7o dos anos 1980 ainda tinha muita coisa boa rodando ou encostada esperando um novo dono.<\/p>\n

Eu era jovem e j\u00e1 me via absolutamente fascinado por carros antigos. Perto da minha casa, em uma esquina, ficou abandonado por muitos anos um Ford 1937<\/a> quatro portas modelo \u201cslant back\u201d (modelo de que eu mais gosto). Ele estava com a frente desmontada, para-lamas e cap\u00f4 jogados dentro do carro, ningu\u00e9m queria, apesar de o carro estar em bom estado, afinal de contas ele era um quatro portas.<\/p>\n

Eu havia entrado com tudo no mundo dos carros antigos, meu passatempo favorito era sair nas tardes de s\u00e1bado com minha Turuna 125 cc pela periferia de Curitiba ca\u00e7ando, com meu olhar afiado, qualquer buraco que pudesse esconder um carro antigo. Vi muita coisa, algumas que impressionariam muita gente com menos de 30 anos.<\/p>\n

O dep\u00f3sito de ferro-velho Eco era, sem d\u00favida, uma delas. Carros literalmente empilhados, and\u00e1vamos por cima de modelos de Cadillac, Oldsmobile, Pontiac, Mercury, Chrysler, De Soto, Chevrolet e Ford, que estavam ali esperando a hora de seguirem para as fornalhas das sider\u00fargicas, virar arame ou ferro para constru\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Ningu\u00e9m teve o bom senso de pensar em guardar aqueles carros. H\u00e1 alguns anos estive no Uruguai e o que vi por l\u00e1 me lembrou em muito os anos 80 por aqui. Muitos, mas muitos carros desmanchando sob a a\u00e7\u00e3o implac\u00e1vel do tempo.<\/p>\n

Os donos dos ferros-velhos derreteram grande parte da nossa hist\u00f3ria. Mas para essa perda n\u00e3o existem culpados, era a cultura da \u00e9poca, era o progresso pedindo passagem.<\/p>\n

Virei as costas a muitos carros bons. Um deles foi o Ford 1937 que descrevi acima, outro foi um Ford 1939 sedan, um Buick 1953 (o primeiro V8 \u201cNailhead\u201d), um Oldsmobile 1950, entre tantos outros. Cheguei a comprar esses todos, mas vendi pouco tempo depois, afinal, n\u00f3s gost\u00e1vamos dos modelos coup\u00e9, os quatro portas n\u00e3o eram \u201cbonitos\u201d, n\u00e3o nos interessavam, \u00e9ramos jovens.<\/p>\n

\"Coupe\"<\/a><\/p>\n

Resgate dos 4 portas<\/strong><\/p>\n

Hoje adoro os antigos de quatro portas. Um Chevrolet 1939, por exemplo, fica lindo customizado. Uma vez, ganhei um Studebaker<\/a> quatro portas 1938 e nem fui buscar. O carro estava em muito bom estado, mas… era um quatro portas.<\/p>\n

Olhar o passado e n\u00e3o pensar que deveria ter guardado alguns carros \u00e9 imposs\u00edvel. Mas, por outro lado, seria mais ou menos como falar para voc\u00ea agora: \u201cPor que voc\u00ea n\u00e3o compra uma Bras\u00edlia, Chevette, Opala, Caravan, Corcel, e guarda em um galp\u00e3o ou mesmo em um terreno, daqui a alguns anos estes carros ser\u00e3o raros e valiosos\u201d. Infelizmente n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o f\u00e1cil assim.<\/p>\n

A verdade \u00e9 que as pessoas que buscam carros antigos ou hot rods buscam mais os desafios que esses carros representam. Quanto mais dif\u00edcil e complicado for, melhor.<\/p>\n

Queria poder dizer que a hora dos quatro portas estava chegando, por\u00e9m eles j\u00e1 se foram h\u00e1 muito tempo. Alguns derretidos, outros desmancharam em ferrugem e alguns cederam suas partes para recuperar modelos mais atrativos, coup\u00e9s ou convers\u00edveis, carros de sonhos.<\/p>\n

Mas quem gosta de carros antigos n\u00e3o desiste jamais, e as r\u00e9plicas em fibra de vidro est\u00e3o a\u00ed para ocupar o espa\u00e7o que lhes cabe, alimentando sonhos e nos levando diretamente de volta a um passado que n\u00e3o queremos esquecer.<\/p>\n

VEJA TAMB\u00c9M:\u00a0Ford Business Coup\u00e9 1951: PHARAOH.<\/a><\/p>\n\n