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{"id":5646,"date":"2017-10-02T14:20:25","date_gmt":"2017-10-02T17:20:25","guid":{"rendered":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/?p=5646"},"modified":"2017-10-02T14:20:25","modified_gmt":"2017-10-02T17:20:25","slug":"tecnica-twenty-years-ago","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/revistahotrods.com.br\/tecnica-twenty-years-ago\/","title":{"rendered":"T\u00e9cnica: Twenty Years Ago\u2026"},"content":{"rendered":"

Saiba como era o panorama do movimento Hot Rod no Brasil em 1996. \u00a0Acredite: muita coisa mudou, e para melhor!<\/strong><\/h2>\n

Texto: Manoel G. M. Bandeira
\nFotos: Ricardo Kruppa<\/p>\n

Hot Rod<\/strong><\/h3>\n

Aproveitei a ideia de uma revista americana sobre hot rods desde a d\u00e9cada de 1960 e este m\u00eas vou falar sobre a minha vis\u00e3o do meio rodder no Brasil h\u00e1 20 anos: o que acontecia em 1996. Voc\u00ea \u00e9 meu convidado para embarcar nesta pequena viagem no tempo.<\/p>\n

Antes de programas de televis\u00e3o como American Hot Rod, Riddes e tantos outros, que difundiram largamente a cultura Hot Rod<\/a> pelo Brasil, chegarem por aqui, construir um hot no Brasil era tarefa muito dif\u00edcil e pouco compensadora. Poucos se arriscavam a investir um dinheiro que quase sempre n\u00e3o retornava na hora da venda.<\/p>\n

O com\u00e9rcio de carros antigos era restrito a praticamente o interc\u00e2mbio entre clubes e uns poucos aventureiros aut\u00f4nomos que, por gostar muito de garimpar geralmente no interior do pa\u00eds, ainda arriscavam seus investimentos na compra de um ou outro exemplar, pensando em lucrar na hora da venda.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

A importa\u00e7\u00e3o de pe\u00e7as era dif\u00edcil e cara. Voc\u00ea acha que isso n\u00e3o mudou nada com o tempo n\u00e3o \u00e9? Mas acredite, mudou muito. Se voc\u00ea acha que hoje \u00e9 dif\u00edcil conseguir pe\u00e7as e componentes para montar seu hot rod, pense que, em 1996, n\u00e3o existiam lojas com pe\u00e7as importadas, n\u00e3o t\u00ednhamos a internet como temos hoje, buscadores e sites de pesquisa. Conseguir cat\u00e1logos de pe\u00e7as e acess\u00f3rios dependia de algu\u00e9m que estivesse em viagem aos EUA e se dispusesse a procurar e a trazer cat\u00e1logos impressos das grandes lojas americanas.<\/p>\n

A quest\u00e3o das pe\u00e7as ainda era o menor dos problemas. Conseguir um modelo que lhe agradasse e que estivesse em estado de conserva\u00e7\u00e3o razo\u00e1vel, tornando vi\u00e1vel a recupera\u00e7\u00e3o, era bastante complicado.<\/p>\n

Modelos cup\u00ea ou sed\u00e3 duas portas eram rar\u00edssimos, geralmente j\u00e1 estavam na m\u00e3o de colecionadores. Muitos deles est\u00e3o at\u00e9 hoje guardados em cole\u00e7\u00f5es particulares, aguardando a restaura\u00e7\u00e3o, por\u00e9m seus donos, que os compraram quando jovens, hoje j\u00e1 n\u00e3o t\u00eam mais a disposi\u00e7\u00e3o de restaur\u00e1-los. Os modelos de quatro portas, por n\u00e3o terem os atrativos desejados, muitas vezes se tornavam doadores de pe\u00e7as para os irm\u00e3os mais raros. Assim, o que sobrava de suas carca\u00e7as era literalmente queimado nos fornos das sider\u00fargicas.<\/p>\n

Em 1996 recebi a visita de um amigo que veio me contar que estava indo comprar uma carca\u00e7a de um Ford 1930<\/a> que era utilizado como galinheiro. O carro n\u00e3o tinha chassi, para-lamas, cap\u00f4, era somente o corpo, e em p\u00e9ssimo estado. Eu o chamei de louco, mas acreditem, nesta \u00e9poca praticamente n\u00e3o existia outra op\u00e7\u00e3o. Mas sab\u00edamos n\u00f3s que ali bem perto, no Uruguai, a frota de Fordinhos modelo A de duas portas era enorme.<\/p>\n

Este Ford 1930 passou por v\u00e1rias oficinas em uma odisseia que durou quase 10 anos. O bom gosto e a determina\u00e7\u00e3o do seu dono o transformaram em um dos mais lindos hot rods que j\u00e1 vi no Brasil. O carro recebeu at\u00e9 nome \u2013 \u201cBad Jack\u201d \u2013 nas cores laranja com teto creme, motor Chevy<\/a> 350, c\u00e2mbio autom\u00e1tico, duas quadrijet etc. Se voc\u00ea acompanha nossa revista certamente j\u00e1 sabe de qual carro estou falando.<\/p>\n

Felizmente, no in\u00edcio do novo s\u00e9culo, o Brasil foi agraciado com a entrada de v\u00e1rias carca\u00e7as de carros antigos vindos do Uruguai e da Argentina, repondo assim um peda\u00e7o da hist\u00f3ria que se perdeu pela gan\u00e2ncia nas d\u00e9cadas de 1960 e 1970, com o derretimento de boa parte de nossa hist\u00f3ria para alimentar com ferro reciclado a ind\u00fastria da constru\u00e7\u00e3o civil.<\/p>\n

N\u00e3o d\u00e1 para entender porque nenhum pol\u00edtico se interessa em criar uma lei que facilite a entrada de carros antigos vindos dos pa\u00edses vizinhos do Mercosul. Isso ajudaria a reconstituir uma boa parte de nossa hist\u00f3ria. A preocupa\u00e7\u00e3o em evitar a sa\u00edda dos carros deveria ser dos pa\u00edses doadores e n\u00e3o nossa, que estamos recebendo de m\u00e3o beijada um patrim\u00f4nio hist\u00f3rico que se valoriza a cada dia.<\/p>\n

Em 1996 n\u00e3o t\u00ednhamos ainda a cultura dos Rat Rods<\/a>, que veio de maneira avassaladora a modificar a linha de pensamento daqueles que se aventuram a enfrentar o desafio de construir um carro. Antes dos anos 2000 ningu\u00e9m pensava em andar com um carro antigo a menos que ele estivesse absolutamente restaurado, lindo, brilhando.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Acontece que o mundo todo foi envolvido em uma onda de saudosismo muito grande, e a ideia de encontrar um carro que ficou por anos guardado em um galp\u00e3o, esquecido pelo tempo, passou a habitar as mentes de muita gente.<\/p>\n

Assim, encontrar um carro desgastado, arrumar a parte mec\u00e2nica e andar com o carro ostentando o desgaste causado pelo tempo passou a seu uma esp\u00e9cie de trof\u00e9u. Tanto \u00e9 verdade que muita gente passou a imitar a a\u00e7\u00e3o do tempo, atrav\u00e9s de t\u00e9cnicas de pintura envelhecida que muitas vezes surpreendem pelo realismo de seus efeitos.<\/p>\n

Hoje temos v\u00e1rias oficinas altamente especializadas na constru\u00e7\u00e3o e cria\u00e7\u00e3o de hot rods. No final do s\u00e9culo passado, a m\u00e3o de obra n\u00e3o era t\u00e3o especializada, depend\u00edamos de uns poucos artes\u00e3os que se dispunham a enfrentar o desafio de restaurar e criar um carro.<\/p>\n

A entrada da fibra de vidro como op\u00e7\u00e3o para carrocerias r\u00e9plicas de antigos se deu tamb\u00e9m na d\u00e9cada de 1990, e se deve \u00e0 dedica\u00e7\u00e3o her\u00f3ica de alguns poucos entusiastas, que enfrentaram muitos desafios e que hoje produzem cada vez mais modelos de carrocerias cl\u00e1ssicas e que certamente ir\u00e3o garantir o futuro do movimento no Brasil. E mais a longo tempo certamente tamb\u00e9m em todo o mundo.<\/p>\n

Assim caminha a humanidade, e n\u00f3s vamos escrevendo a hist\u00f3ria dos hot rods no Brasil dia ap\u00f3s dia. Estamos em 2016 e este ano teremos a primeira prova de velocidade em um lago seco de sal no Hemisf\u00e9rio Sul, prova esta que tem o apoio de um clube de hot rods brasileiro, o Curitiba Roadsters. Pela primeira vez o ronco dos motores ir\u00e1 acordar o condor em plena Cordilheira dos Andes. Daqui a 20 anos, quem sabe, alguma crian\u00e7a encontre um exemplar desta revista perdido em uma estante de livros usados qualquer, e folheando a revista quem sabe tenha a curiosidade de ler esta mat\u00e9ria. Espero que seu entusiasmo seja t\u00e3o grande que a fa\u00e7a pensar em um dia construir um hot rod tamb\u00e9m.<\/p>\n

VEJA TAMB\u00c9M:\u00a0Cultura hot rod em detalhes.<\/a><\/p>\n\n