\u00ad\u00adDa cidade do pecado para o mundo: Las Vegas, ber\u00e7o dos rat rods, exporta ve\u00edculos, pe\u00e7as e cultura para amantes de hots em todos os cantos do planeta<\/strong><\/h2>\n

Texto: Ricardo Kruppa e Augusto Bittencourt
\nFotos: Divulga\u00e7\u00e3o<\/p>\n

Rat Rods<\/strong><\/h3>\n

O que acontece em Las Vegas<\/a> n\u00e3o fica mais em Las Vegas, pelo menos quando o assunto \u00e9 hot rods ou, ainda mais especificamente, rat rods. Nascida no deserto norte-americano, nas redondezas da cidade do jogo e do pecado, a pr\u00e1tica de customizar carros antigos e manter sua carroceria com ferrugem, sinais de deteriora\u00e7\u00e3o pelo tempo, sem acabamento, e com desgaste natural, j\u00e1 \u00e9 uma realidade em todos os pa\u00edses onde estivemos para investigar a cultura local. N\u00e3o por outro motivo, Las Vegas \u00e9 hoje a capital mundial dos rat rods.<\/p>\n

Os mais aficionados pela pr\u00e1tica defendem que o brilho de um rat est\u00e1 em sua criatividade, na forma com que seu construtor o concebeu, na pura e crua m\u00edstica de uma obra de arte contempor\u00e2nea.<\/p>\n

N\u00e3o adianta procurar cromados em um rat, ou mesmo parafusos exclusivos, pe\u00e7as de alum\u00ednio usinadas. Procure sua personalidade, sua alma, sua postura, sua forma de dizer:\u00a0hei, baby, sou \u00fanico!<\/p>\n

A maioria das pessoas que usam um bom terno italiano durante toda a semana n\u00e3o v\u00ea a hora de usar um velho jeans surrado para curtir com os amigos no final dela. Isso \u00e9 um rat rod<\/a>: o velho jeans surrado que voc\u00ea gostaria de usar todos os dias.<\/p>\n

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Rat Rod Addiction<\/strong><\/p>\n

Um bom exemplo da for\u00e7a dessa cultura nos Estados Unidos vem do casal Brad e Rebecca Juhl. Eles s\u00e3o propriet\u00e1rios da empresa Rat Rod Addiction e, al\u00e9m de customizadores, vivem no dia a dia o universo rat.<\/p>\n

A empresa do casal est\u00e1 situada em San Tan Valley, no Arizona.\u00a0 Rebecca e Brad possuem empregos tradicionais no dia a dia, mas quando chegam em casa dedicam-se 100% \u00e0 loja\/oficina, que vem crescendo assustadoramente, principalmente na venda de produtos pela internet.<\/p>\n

E n\u00e3o imaginem\u00a0os mais conservadores que Rebecca fica s\u00f3 no escrit\u00f3rio n\u00e3o. Ela p\u00f5e a m\u00e3o na massa junto com o marido, no melhor estilo americano de constru\u00e7\u00e3o de carros.<\/p>\n

Dona de uma caminhonete Chevy 1952, Rebecca cuida com o mesmo carinho da veterana e dos filhos, Brandon e Brooklyn. \u201cOs dois s\u00e3o apaixonados pela oficina e ajudam, na medida do poss\u00edvel. Al\u00e9m disso, eles t\u00eam um Studebaker<\/a> 1930 como xod\u00f3\u201d, afirma.<\/p>\n

Quando questionada sobre o porqu\u00ea da paix\u00e3o por rats, Rebecca \u00e9 direta. \u201cS\u00e3o uma cria\u00e7\u00e3o pessoal. Sua pr\u00f3pria personalidade \u00e9 colocada na constru\u00e7\u00e3o. Nunca haver\u00e1 outra constru\u00e7\u00e3o como a sua. Com um rat voc\u00ea nunca est\u00e1 preocupado com crian\u00e7as entrando e saindo, ou tocando nos carros, e se ele for riscado, isso s\u00f3 ir\u00e1 adicionar no car\u00e1ter dele\u201d, garante.<\/p>\n

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Pin up<\/strong><\/p>\n

Outra boa hist\u00f3ria tem como protagonista Tiffany Brinton. A norte-americana \u00e9 uma leg\u00edtima pin up de Vegas, al\u00e9m de inveterada apreciadora de rat rods.<\/p>\n

Paix\u00e3o herdada do pai, os carros estiveram na vida da jovem por toda a sua vida, mas s\u00e3o os rat que, de fato, fazem sua cabe\u00e7a. \u201cEles parecem danificados, mas no fundo existe muito tempo, suor e sentimentos investido neles, por isso s\u00e3o t\u00e3o especiais\u201d, afirma.<\/p>\n

Pin up de look e alma, Tiffany brinca ao dizer que se sente um peixe fora d\u2019\u00e1gua na segunda d\u00e9cada do s\u00e9culo 21. \u201cEu costumo dizer que nasci na \u00e9poca errada, pois a minha alma nasceu em algum momento entre os anos 50 e 60\u201d.<\/p>\n

Profissional da \u00e1rea da sa\u00fade durante os dias de semana, Tiffany incorpora sua personalidade kustom sempre que pode no tempo livre. Ela, inclusive, \u00e9 bastante conhecida por l\u00e1, j\u00e1 tendo estampado a capa de sete publica\u00e7\u00f5es deste segmento nos Estados Unidos, al\u00e9m de ter participado do programa Welder Up, do canal Discovery Turbo, renomeado aqui no Brasil como \u201cM\u00e1quinas Muito Loucas\u201d.<\/p>\n

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A ferrugem definitiva<\/strong><\/p>\n

N\u00e3o h\u00e1 mais d\u00favida de que os rats n\u00e3o se tratam de modismo, ou algo passageiro. Eles vieram para ficar e, prova disso, \u00e9 que j\u00e1 ocupam espa\u00e7o significativo em exposi\u00e7\u00f5es e feiras.<\/p>\n

Imagine que voc\u00ea vai comprar um carro que pertenceu ao Steve McQueen e nele tem um grande arranh\u00e3o em toda a lateral do carro (e todos sabem que aquele arranh\u00e3o foi uma \u201cbarbeiragem\u201d de Mcqueen). Quem, em s\u00e3 consci\u00eancia, iria mandar restaurar a pintura? S\u00f3 mesmo um leigo em carros, ou hist\u00f3ria, j\u00e1 que aquele arranh\u00e3o \u00e9 a \u201calma do carro\u201d.<\/p>\n

Assim s\u00e3o os rat rods, eles possuem hist\u00f3ria, alma, e comunicam-se como quem diz: \u201cEu sou a hist\u00f3ria viva!\u201d.<\/p>\n

Essa \u00e9 a ess\u00eancia rat, ter feito parte da\u00a0 hist\u00f3ria sem ter sido alterado, como o Coliseu, em Roma, na It\u00e1lia. Algu\u00e9m aqui gostaria que ele fosse restaurado?<\/p>\n

VEJA TAMB\u00c9M:\u00a0PICAPE RAT ROD 1936: \u00d3XIDO\u2026NITROSO!<\/a><\/p>\n\n