Ford F-100 1959 recebe customização completa pelas mãos de rodder paranaense
Texto: por redação
Ford F-100 1959
A história de Idini Gamballi Junior sempre caminhou lado a lado com a indústria automobilística. Nunca, porém, foi tão estreita como vem sendo há 10 anos, quando fundou a AC3 – Antique Classic & Customs Cars, oficina especializada em customização e restauração de veículos antigos localizada em Pinhais (PR). “O meu hobby acabou se tornando meu emprego”, conta o empreendedor.
Aficionado por carros antigos desde os seus 19 anos, Idini hoje transforma o sonho dos rodders locais em realidade, mas tudo, sempre, ao seu modo. “É claro que eu ouço e aceito opinião dos clientes, mas desde que as solicitações sejam plausíveis. Quando é preciso, fazemos quatro ou cinco reuniões com o cliente para acertar todos os detalhes do projeto.
Faço isso porque, quando colocamos a mão na massa, eu não aceito que seja alterado absolutamente nada do que tenha sido planejado anteriormente, principalmente no que se refere à mecânica”, afirma Idini. A descrição acima de encaixa perfeitamente no trâmite responsável pela customização da Ford F-100, modelo 1959, que ilustra esta reportagem, propriedade do rodder Paulo Adriano Casara. “Ele me deixou bem à vontade para desenvolver o projeto”, garante Idini.
Mudança radical
Idini conta que o bólido chegou à oficina com cabine e caçamba em cima de um chassi original. “Além disso, tinha uma coloração verde metálico e branca. O motor era um Ford original V8 Y-block com sistema de GNV e a caixa de câmbio da C10, de quatro marchas. O primeiro passo foi desmontar toda a cabine e a caçamba, para chegarmos ao chassi”, detalha o responsável pelo projeto.
Como opção para a suspensão dianteira, Idini optou por um modelo utilizado pela Mitsubishi, que trabalhasse de forma independente com o sistema de barras de torção. Já na traseira, é utilizada uma única mola, no lugar do feixe original. “Então adquirimos o conjunto da Ford Courier, pois a caminhonete não seria mais utilizada para carga”, conta.
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Para um melhor funcionamento da suspensão, a AC3 resolveu boxear o chassi original e fabricar um sistema central de fixação para que o conjunto chassi-carroceria não tivesse mais a rotação entre as linhas transversais em relação ao eixo central.
“O diferencial acabou ficando original Ford 9”, assim como o motor e a caixa de câmbio”. O motor Y-block, por sua vez, voltou a funcionar somente na gasolina, dispensando o uso de GLV. A fixação da cabine assim como da caçamba, estão em cima de coxins de poliuretano. A caixa de direção hidráulica é original da Ford Ranger.
A carroceria
As principais modificações efetuadas na carroceria foram o arredondamento das quinas de portas e a retirada das maçanetas e emblemas, tanto no capô quanto na grade. As lanternas traseiras, por sua vez, foram extraídas da Mitsubishi TR4. “Necessitando assim de todo um trabalho na parte traseira da caçamba para que pudesse ter um design adequado em relação às novas lanternas”, explica Idini.
As rodas adotadas são da Black Rhino, de 22” na traseira e 20” na dianteira, com pneus nas medidas 285×35 e 255×45 respectivamente. “O tanque saiu de dentro da cabine e foi para a parte traseira entre as longarinas, atrás do diferencial, com um bocal da moto Yamaha RD 350 inserido no para-lama traseiro esquerdo”, prossegue Idini.
Moderninha
Outro importante atributo estético é a nova coloração que banha a veterana. No caso, a AC3 optou pela utilização do laranja, com pigmentos importados na coloração dourada, em contraste com o preto Cadillac. Aerografia completa a obra. Já no interior da F-100 encontra-se um sistema de áudio de qualidade que, no entanto, não compromete o visual interno do projeto. Para finalizar, as portas são acionadas por meio de comando elétrico. É ou não é uma das veteranas mais moderninhas dos últimos tempos?
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