Rock’n’Hots: 5 discos essenciais de Chuck Berry

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Revista Hot Rods atende ao chamado dos deuses e volta com a coluna Rock’n’Hots para homenagear Chuck Berry. Confira cinco álbuns essenciais do ícone do rock

Por: Luca Peghim

5 discos de Chuck Berry

A lenda do Rock Chuck Berry morreu no mês passado aos 90 anos de idade deixando uma coleção de obras inesquecíveis e uma influência inestimável para o mundo. É impossível imaginar quantos momentos foram embalados por músicas como “Johnny B. Goode”, “Maybellene”, “Memphis, Tennessee” e tanto outros sucessos. Elas são a origem de tudo o que o Rock produziu e influenciou ao longo das últimas seis décadas, estão escritas para sempre no DNA dos seres humanos como a atitude Rock n’ Roll.

Nós, da cultura Hot Rods, carregamos essa atitude em nosso cotidiano, em nossos projetos. Não nos conformamos com o comum, queremos o diferente. Apreciamos combinações variadas que resultam em uma obra única, perfeita. Por isso, nossa singela homenagem é na verdade um agradecimento. Ao homem que nos proporcionou o Rock: um raro presente de valor incalculável e que não tem preço, como algo que é passado de pai para filho.

Obrigado Chuck Berry e viva o Rock n´Roll!

  1. The Great Twenty-Eight (1982)

Começamos a lista com o premiado disco que reúne o melhor de Chuck Berry em seus primeiros 11 anos de carreira (1955 – 1966).

The Great Twenty-Eight (1982)

The Great Twenty-Eight é um tiro certeiro, uma escolha certa, tanto para quem é fã como para quem ainda não conhece a obra de Chuck Berry. São 28 músicas que fazem parte do repertório de ouro do guitarrista. A coletânea começa com o primeiro grande sucesso do músico “Maybellene”, que fala sobre um homem em seu Ford V8 “perseguindo” sua namorada e seu Cadillac, e termina com “I Want To Be Your Driver”, que como o próprio nome sugere, fala sobre o desejo de ser o motorista particular de uma garota e poder levá-la para cima e para baixo pela cidade.  Bem ao nosso estilo, não é? Ainda no tema, destaque também para “No Particular Place To Go” que conta a história de um romântico passeio de carro em que o cinto de segurança de sua namorada não abriu, frustrando assim o motorista.

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https://youtu.be/tz2egbIUrmo?list=RDtz2egbIUrmo

  1. St. Louis To Liverpool (1964)

Surpreendente em vários aspectos, St. Louis To Liverpool é um disco essencial porque levantou o pai do rock em duas ocasiões diferentes.

St. Louis To Liverpool (1964)

Chuck Berry havia passado 20 meses na prisão quando grandes bandas como Beatles e Rolling Stones regravaram algumas de suas músicas. Quando saiu, seu nome estava em maior evidência do nunca, a oportunidade perfeita para lançar um novo disco.  Assim, St. Louis to Liverpool foi lançado e como prova de seu sucesso foi primeiro álbum de Berry a entrar na Billboard 200, lista semanal que classifica os 200 álbuns mais vendidos nos Estados Unidos. 30 anos depois, o disco colocaria o músico novamente no topo, desta vez imortalizado pela faixa “You Never Can Tell”. A música serviu de trilha para uma das cenas mais marcantes do filme Pulp Fiction (1994), do diretor Quentin Tarantino. Nela, os personagens Vincent Vega (John Travolta) e Mia Wallace (Uma Thurman) participam de um desafio de dança no restaurante Jack Rabbit Slim’s.

O disco ainda conta com “Little Marie”, uma sequência da faixa “Memphis, Tennessee”, e uma versão de “Merry Christmas Baby”, uma das músicas de Natal mais regravada dos EUA.

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  1. Berry Is On Top (1959)

É o terceiro álbum de estúdio de Chuck Berry, lançado após One Dozen Berrys (1958) e After School Session (1957), e está aqui porque apresentou o rock ao mundo.

Berry Is On Top (1959)

Berry Is On Top possui algumas das composições mais icônicas do pai do rock. A faixa de número 6, última do lado A, e que marca exatamente o meio do álbum nos formatos atuais, é “Johnny B. Goode”, considerada uma das músicas mais populares de todos os tempos. Ela foi eleita a sétima na lista 500 Greatest Songs of All Time (500 melhores canções de todos os tempos), pela revista norte-americana Rolling Stones. Seu poderoso riff de guitarra e seu refrão contagiante levam Berry ao topo ainda hoje toda vez que a música é tocada. Destaque também para as faixas “Roll Over Beethoven”, posteriormente gravada pelos Beatles, “Almost Grown”, trilha do filme Loucuras de Verão (1973), e da já citada anteriormente “Maybellene”.

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  1. Rock It (1979)

Rock It está em nossa lista porque, além de ter sido o último disco de estúdio lançado por Chuck Berry, marca a época em que o ídolo terrestre chegou ao espaço.

Rock It (1979)

Em 1977, a NASA lançou a sonda Voyager 1, que 36 anos depois tornou-se o primeiro objeto feito pelo homem a cruzar o sistema solar e atingir o espaço sideral. Entre diversas informações sobre a terra, como saudações em diversas línguas e dados geográficos, estão músicas típicas de países como México e Japão, clássicas de Bach e como representante do Rock n´Roll: “Johnny B. Goode”. Isso mesmo, nesse exato momento o maior hit de Chuck Berry está flutuando pelo espaço esperando por um encontro extraterrestre. Rock It carrega esse clima logo na capa, na qual a Gibson de Berry está orbitando a terra. Destaque para as faixas “Pass Away” e “Move It”, que apesar da base de blues possuem elementos típicos dos anos 80, como efeitos sonoros e uma bateria marcada.

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  1. Hail! Hail! Rock ‘N’ Roll (1987)

Imagine ter a sua festa de aniversário de 60 anos organizada por Keith Richards, eterno guitarrista dos Stones. Imaginou? Pois é, por isso que Hail! Hail! Rock ‘N’ Roll fecha a nossa lista.

Hail! Hail! Rock ‘N’ Roll (1987)

Trata-se da maior homenagem em vida ao pai do rock. Dois concertos foram realizados em 1986 no Fox Theatre, em St. Louis, cidade natal de Chuck Berry, em comemoração ao seu 60º aniversário. O registro desses shows resultou em um filme dirigido por Taylor Hackford e produzido por Keith Richards, e um álbum que leva o mesmo nome. A estrela da festa recebe ao palco convidados mais do que especiais como Linda Ronstadt, vocal na faixa “Back in the USA.”, Etta James, que canta “Rock and Roll Music”, e ainda Eric Clapton, Julian Lennon e o próprio Richards. O álbum é finalizado com a balada “I’m Through With Love”, uma música calma que quebra o ritmo alucinante do Rock n´Roll e deixa aquele gostinho de quero mais.

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BÔNUS.

Chuck (2017)

Falando em aniversário, ano passado Chuck Berry completou 90 anos de idade e como presente aos fãs anunciou o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio desde Rock It (1979).

Chuck (2017)

Com data marcada para 16 de junho de 2017, Chuck é claramente um projeto muito especial de Chuck Berry, pois conta com um grupo especial de apoio: seus filhos Charles Berry Jr. (guitarra) e Ingrid Berry (gaita); o baixista Jimmy Marsala que acompanhou o astro por 40 anos; e os músicos Robert Lohr (piano) e Keith Robinson (bateria), que participaram de mais de 200 shows ao longo de duas décadas da carreira de Berry. O álbum ainda conta com a participação de Gary Clark Jr, Tom Morello, Nathaniel Rateliff e seu neto Charles Berry III. Além do single “Big Boys” já lançado, é de grande expectativa as faixas “Lady B. Goode”, uma sequência de “Johnny B. Goode”, e “Jamaica Moon”, provavelmente uma versão do clássico “Havana Moon”. Bom, se você é fã de Chuck Berry já é possível fazer uma reserva do álbum em CD ou em Vinyl no site oficial do mito.

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