Favorito dos rodders, Willys Coupé segue a linha “menos é mais”: sutileza nos detalhes, carroceria alongada na traseira e bloco V8 sob o capô
Texto: Por redação
Willys cupê 1941
Muitos entusiastas garantem: alterar esteticamente o Willys pode ser ideia para “maluco” que não entende de automóvel e, ainda menos, de história. Por outro lado, você já deve ter visto diversos projetos internacionais nos quais o modelo recebeu alterações de customização, seja pelo conjunto de rodas maiores ou pela suspensão rebaixada. O fato é que o design do cupê favorece, naturalmente, o estilo rodder, enaltecendo a cultura antiga e prestando sempre homenagem aos veículos da década de 40.
Gerson Domingues Mandu, 55 anos, é proprietário deste exemplar clássico – mas com “pegada” hot rod. O modelo foi escolhido por ter carroceria cupê três janelas com traseira alongada. “Escolhi esse carro porque queria um modelo fechado. Troquei um conversível Ford por esse cupê”, conta.
No exterior, o automóvel teve a carroceria pintada de branco e mantém os para-lamas alargados, traseira caída e sem detalhes cromados. As rodas americanas Cragar calçadas em pneus Mickey Thompson também favoreceram para harmonizar o modelo diante da proposta simples. Outro detalhe que faz a diferença está ao observar a lanterna (com formato em gota) que, discretamente, revive a traseira do carro.
Ao contrário dos tempos em que as falhas dos motores quatro cilindros e a falta de reposição de peças preocupavam os donos de Willys da época, esse modelo de Gerson somou sob o capô o domínio do bloco GM V8 injetado – que teve acerto mecânico feito por Norberto Jensen, da Hot & Customs, de São Paulo. A receita ainda recebeu a transmissão automática escolhida para adaptar o conjunto, suspensão dianteira de Mustang II e traseira four link e coil over.
No interior, a tapeçaria foi refeita com couro, há relógios Auto Meter, coluna e pedaleiras em alumínio e volante artesanal norte-americano. Para um modelo famoso diante dos apaixonados por hot, a ausência dos pequenos detalhes faz a diferença. “É curioso porque esse carro chama atenção sem ter grandes detalhes. Não há nada além da carroceria natural e o bloco V8 comandando a diversão. Mas você sente que está dirigindo um grande clássico e, mais que isso, sabe que não precisa de mais nada. Esse cupê completa qualquer entusiasta”, garante Gerson.
FICHA TÉCNICA
Coupé Willys 1941
Mecânica
Bloco GM V8 injetado, transmissão automática, suspensão dianteira de Mustang II e traseira four link e coil over
Interior
Tapeçaria em couro, relógios Auto Meter, coluna e pedaleiras em alumínio e volante artesanal norte-americano
Exterior
Pintura em branco, rodas Cragar americanas, lanterna traseira em formato de gota, grade frontal cromada e carroceria três janelas
Quem fez?
Mecânica – Hot & Customs – www.hotcustoms.com.br;
Funilaria e Pintura: Vieira (11) 997423-4461
Tapeçaria: New Couro (11) 995817-2978