Veículos devem ter mais de 30 anos e manter, pelo menos, 80% da originalidade
Texto: Redação
Foto: Divulgação
CESVI
Um veículo das décadas de 1970, 1980 ou 1990, que não é mais fabricado, pode ser considerado antigo. Esses modelos considerados “clássicos” são relembrados por motoristas apaixonados pelo seu design, desempenho e até charme. Contudo, para quem é fã e pretende investir nesse mercado, conseguir a permissão de transitar com a famosa ‘placa preta’ exige que o proprietário siga alguns critérios de avaliação. Por isso, o CESVI BRASIL/MAPFRE (Centro de Experimentação e Segurança Viária) preparou algumas orientações que podem ajudar o futuro empreendedor nesse processo.
Por atuar nesse mercado, Gerson Burin, coordenador técnico do CESVI/MAPFRE, reuniu algumas dicas simples que podem auxiliar na preservação e cuidados do veículo. “De acordo com a Federação Brasileira dos Veículos Antigos (FBVA), para que qualquer modelo se encaixe na categoria ‘placa preta’ é necessário que ele tenha, no mínimo, 30 anos. Além do tempo de fabricação do carro, é preciso manter pelo menos 80% da originalidade, ou seja, o motorista deve realizar o mínimo de modificações, reparos internos e repintura para garantir o Certificado de Originalidade”, comenta.
Além de ficar atento a esses dois aspectos principais, vale lembrar que, antes de apostar em ter um veículo antigo, o condutor deve estar preparado para encarar muito trabalho, aumentar os seus gastos e conhecer um pouco mais do mercado automotivo. Por isso, todo cuidado com as peças e a pintura quem mantém o ar vintage do carro é essencial.
De acordo com o especialista, é comum que carros antigos fiquem expostos às condições do tempo por longos períodos, sem atividade. “O importante é colocar o carro para andar com frequência, movimentar os fluidos, óleos e combustível para evitar o ressecamento de peças, mangueiras e até do sistema de freios e embreagem”, finaliza Burin.
Confira abaixo algumas dicas rápidas de cuidados com carros antigos:
Manutenção – Carro antigo é composto de muitas peças raras e que geralmente são caras. É por isso que bancar um modelo desses não costuma ser uma tarefa das mais baratas para o colecionador. Antes de sair com o carro, faça uma revisão da parte mecânica e elétrica.
Pneus – Até podem estar novos e brilhando, mas caso estejam fora da data de validade (DOT com mais de 5 anos), sua segurança pode estar comprometida enquanto dirige. Fique atento.
Palhetas – Falta de uso causa ressecamento. Neste estágio, elas perdem eficiência na limpeza e podem riscar o para-brisa por conta do acúmulo de sujeira. E, em carros antigos, para-brisas raros são mais caros e difíceis de encontrar em caso de troca ou reparação.
Pintura – Quando original, a pintura por ser de componentes inferiores às pinturas automotivas atuais acabam ficando foscas e, com o tempo, perde o brilho, principalmente se o carro fica exposto ao sol e sereno. Para lavar o seu modelo antigo em casa, use detergentes neutros com um pano macio e evite aplicar cera ao sol para evitar manchas na pintura.
Para mais informações sobre o CESVI/MAPFRE, basta acessar o site.
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