Advogado brasileiro importa Dodge Dart 1971 com motor de 360 polegadas cúbicas para competir na categoria Extreme de arrancada
Texto: Arnaldo Bianco Filho
Fotos: Augusto Padeiro
Dodge Dart 1971
O advogado José Santiago Cordeiro, 35 anos, morador da cidade de São Paulo, sempre sonhou em ser piloto e hoje corre em várias modalidades do automobilismo. Para participar das provas de arrancada, ele trouxe para o Brasil um Dodge Dart Swinger ano 1971. A paixão por motores V8 surgiu quando ele foi morar fora do país. Na terra do muscle car, Santiago trabalhou como policial e, para patrulhar as ruas, era “obrigado” a dirigir um Chevrolet Caprice V8.
Legalizado
Este Dodge Swinger foi comprado por Santiago na Flórida (EUA), de uma conceituada oficina local. O carro ganhou vários prêmios por lá. No seu país de origem, o modelo andava sem problemas e, ao chegar a terras brasileiras o “Dojão” foi legalizado e emplacado para rodar por aqui. Com 360 polegadas cúbicas de deslocamento volumétrico – para transformar polegadas cúbicas em centímetros cúbicos, multiplique o valor em polegadas por 16,4 – então com seus 5.9 litros o Dodge Dart Swinger tinha a fama nas pistas americanas de ser um “10 second car”, carro capaz de percorrer 402 metros em dez segundos, ou menos, a partir da imobilidade.
Essa capacidade ocorre devido à preparação “gringa”, que usa um carburador Holley quadrijet de 750 cfm – pé cúbico por minuto – taxa de compressão na casa dos 9/1 e avi gás como alimento. Um comando de válvulas Mopar 288 é responsável por levar o giro do motor próximo à casa dos 7.000 rpm. Pistões e bielas são forjados da marca Mopar, como toda preparação de Dodge manda nos EUA.
Uma garrafa de nitro instalada no porta-malas acrescenta 125 cavalos ao motor, gerando potência total de 400 cv. O sistema de ignição secundário MSD – que produz a faísca – vai da bobina passando pelo distribuidor e corre pelos cabos até chegar às velas. Os 42 kg de torque do big block chegam às rodas por meio do câmbio automático com conversor de torque Mopar e são distribuídos no asfalto pelos pneus Mickey Thompson 275/50 – 15 semi slick.
Sentado no banco concha o piloto tem à sua frente – do lado de fora da cabine – o marcador de combustível com escala até 15 PSI ou 1 bar. No interior, a instrumentação é composta por conta-giros, velocímetro, manômetro de óleo, temperatura de água, voltímetro e marcador de combustível. Nos planos de Santiago para seu Dodge Swinger está a adição de um novo Fogger para despejar mais nitro e aumentar a cavalaria, pois não há muito mais o que fazer no motor.
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