Dodge Challenger 1970 desafia o tempo e retorna em grande estilo com customização Mopar
Texto: Vitor Giglio
Fotos: Ricardo Kruppa
The Challenger!
O Challenger, da Dodge, é um dos modelos que podem facilmente ser incluídos na lista dos que fazem mais sucesso atualmente do que fizeram na época em que foram lançados.
Não que o esportivo tenha sido um fracasso nas décadas de 1960 e 70, mas a forte concorrência e a existência de “primos” mais potentes à época fizeram com que, não apenas o Challenger, mas os pony cars em geral, reinassem por muito pouco tempo na preferência dos consumidores.
O modelo que ilustra esta reportagem, um R/T SE 1970, é um remanescente dessa classe. Este exemplar – exibido no estande da Mopar em um evento de hot rods nos Estados Unidos – foi revitalizado com componentes da divisão de performance da Chrysler, dona da marca Dodge.
Ao mesmo tempo em que recebeu novo fôlego, o modelo teve sua originalidade preservada ao máximo, para que as linhas e características originais pudessem continuar contando a história do automobilismo norte-americano, entre o final dos anos 50 e meados da década de 80 (época em que o Challenger foi produzido, antes do retorno, em 2008).
Novo gás
Um propulsor Magnum 383 é quem impulsiona o pony da Dodge. Transmissão automática, nova suspensão dianteira, amortecedores e kit de freio, todos Mopar, acompanham. Coletor de escapamento Hedman com abafadores Corsa são itens do novo sistema de exaustão.
O calçamento é tarefa de pneus radiais BF Goodrich, que envolvem rodas American TorqThrust.
No interior, o trabalho desenvolvido pela Legendary Interiors inclui novos assentos, todos revestidos em couro e tapeçaria.
Por fora, a coloração original, “Go-Mango Orange”, foi reaplicada. Todos os acessórios cromados originais foram substituídos por novos.
O resultado deste trabalho rendeu a Jerry Stallard, dono da máquina, o prêmio de melhor customização Mopar do meio-oeste, durante a realização do SEMA-Show, nos Estados Unidos, em Las Vegas.
Curiosidade
Entre 1969 e 1974, a primeira geração do Challenger foi desenvolvida sobre a plataforma E da Chrysler, e muitos de seus componentes foram compartilhados com o modelo Plymouth Barracuda.
O modelo de 1970 é uma das respostas que a montadora encontrou para competir no mercado daquela época, que era o dos pony cars, até então liderado pelo Ford Mustang, lançado em 1964. Este exemplar de 1970 foi o último da linhagem a fazer sucesso na época, com 76.935 exemplares comercializados.
Entretanto, a partir daí, o segmento de pony’s declinou drasticamente, e tanto usuários quanto a imprensa especializada jogaram passaram a renegar o estilo. Nos anos seguintes, como resultado, as vendas caíram vertiginosamente, até meados de 74, quando a linha foi descontinuada. Ao todo, a primeira geração do Challenger colocou nas ruas cerca de 165 mil exemplares.
O Challenger voltaria à tona apenas em 1978, com o início do desenvolvimento de sua segunda geração de modelos. O primeiro modelo desta safra foi o conceito que viria dar origem ao modelo Mitsubishi Galant Lambda.
Ficha técnica
Dodge Challenger 1970
Mecânica
Motor Magnum 383
Transmissão automática
Suspensão, amortecedores e freios Mopar
Coletor Hedman
Abafador Corsa
Rodas American TorqThrust
Pneus BF Goodrich
Interior
Assentos e tapeçaria Legendary Interiors
Externo
Coloração Go-Mango Orange
Acessórios cromados
*Matéria publicada na edição #137 da revista Hot Rods.
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