Ford F100: Brinquedão drag style

Dono desta F100 há 24 anos, comerciante de São Paulo customiza totalmente a picape, com direito a conjunto mecânico com mais de 300cv e pneus de arrancada

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Ford F100
Ford F100

Dono desta F100 há 24 anos, comerciante de São Paulo customiza totalmente a picape, com direito a conjunto mecânico com mais de 300cv e pneus de arrancada

Por redação
Fotos: Ricardo Kruppa

Ford F100

A Ford F100 é um dos veículos mais charmosos já fabricados. E chama atenção principalmente das crianças. Pode perguntar para qualquer dono de uma picape como essa, se os pequenos não torcem o pescoço na rua para olhar. É, também, um dos carros mais reproduzidos em brinquedos e miniaturas como Hot Wheels, Matchbox e similares, sempre com cores berrantes, como amarelo ou vermelho, personalizações agressivas, pneus largos… Enfim, detalhes que dão à picape uma agressividade que não veio de fábrica. Adquirida em 1980 pelo comerciante Reinaldo Hoppactah, de 45 anos, esta F100 1959 por muito tempo rodou original, como carro de uso corrente. “Comprei a picape toda desmontada. Na época só montei e coloquei para rodar. Fiz muitas viagens com ela, inclusive para fora de São Paulo, para encontros de antigos. Ela era toda original, tinha os quatro freios a tambor e suspensão com feixes de mola”, comentou o comerciante, que rodou com a F100 dessa maneira até meados de 1990, quando decidiu fazer algo diferente. “Era um sonho de criança que eu tinha. Sempre gostei muito da F100 e tinha uma miniatura da Matchbox quando era criança, no estilo hot rod. Decidi fazer a minha exatamente igual”, explica.

Cara de má

Para ostentar um ar mais esportivo, a picape perdeu os parachoques, teve o teto rebaixado em três polegadas, recebeu rodas 15” e uma pintura chamativa, diferente do verde e branco que ostentava na década de 80. A carroceria, aliás, foi rebaixada completamente sobre o chassi. Os pneus são o grande destaque do visual externo. Os dianteiros são os convencionais radiais, mas os traseiros vieram diretamente das pistas de arrancada para a carroceria da picape. Dois gigantes Mickey Thompson, do tipo slick, foram acomodados embaixo da caçamba da “Fordinha”. Para que eles coubessem sem que fosse preciso trabalhar na carroceria, o diferencial original teve de ser encurtado.

Drag style

Por dentro, a forma serve à função. O banco inteiriço original da F100 deu lugar a bancos individuais com estilo esportivo com regulagem de altura e forração em couro. Para melhor controle, Reinaldo decidiu pela adoção de pedaleiras suspensas. O novo console central foi desenvolvido pelo próprio comerciante. O volante é original do Ford Maverick, com uma pegada mais esportiva. A instrumentação é toda original da F100 e, por utilizar um conjunto mecânico da Ford, tudo funciona perfeitamente.

Grip máximo

De nada adiantaria colocar pneus slick e não ter força disponível para aproveitá-los. Para dar razão à existência do par de M/Ts, o comerciante adaptou na picape um Ford V8 big block de 390”, com absurdos 6.1L de cilindrada. Reinaldo preferiu manter o propulsor original, até porque seria um exagero colocar qualquer pimenta neste propulsor, que

já rende 310cv de potência originalmente. O conjunto de transmissão ganhou um câmbio mecânico Top Loader para trocas de marcha mais rápidas. Para dar ainda mais tração à picape, o tanque de gasolina e a bateria foram deslocados para a caçamba. Com essas modificações, para obter mais tração e força, a impressão que dá é que, se der para equilibrar, a F100 sobe até em paredes!

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Mas tudo o que acelera tem de parar. Por isso, Reinaldo decidiu instalar um sistema de frenagem a disco nas quatro rodas com mangueiras Aeroquip. A F100, que já foi premiada em todos os eventos de que participou, além de ser uma grande paixão de Reinaldo, ainda o ajudou a “escapar” de um casamento. “Eu estava no meio do projeto e minha noiva a toda hora perguntando “Quando vamos casar? Vamos comprar tudo novo para colocar no seu apartamento?” Até que chegou o momento em que ela deu um ultimato e eu corri”, ri o comerciante. E completa: “Ainda bem que eu fiz isso, hoje nem sinto falta dela e a F100 ainda me ajudou a conhecer mulheres maravilhosas”, gaba-se.Fica o recado para as mulheres: melhor não se meterem com a F100. É rua na certa.

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