Rock’n’Hots: Equipe da Hot Rods indica 10 álbuns especiais

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Coluna Rock’n’Hots completa dez edições em sua versão atual e, para comemorar, a equipe da Hot Rods indica 10 álbuns especiais

 

Por: Luca Peghim

A música da nossa vida: equipe da Hot Rods indica 10 álbuns especiais

Como explicar o que é sensacional? Algo que é sentido, mas não necessariamente entendido, e que pode provocar efeitos diversos no indivíduo?

Qualquer coisa que carregue esse valor proporciona uma conexão emocional que é difícil descrever com palavras. A música, por exemplo: uma canção é capaz de causar sensações que são inexplicáveis e inominadas. Pense agora mesmo na sua música ou banda favorita e tente traduzir o quanto ela significa para você, em quantos momentos da sua vida ela foi sua trilha sonora e o quanto ela te influenciou. Essa ligação é tão forte que, não à toa, inúmeras religiões de todo mundo usam essa arte como forma de expressão.

Por isso, nesta coluna especial em que a Rock’n’Hots completa dez edições de sua nova fase, decidi que nenhum tema poderia ser mais importante do que o simples ato de indicar a você, leitor, álbuns que são especiais para nós. Pois se apenas uma música provocar em você as sensações que provocam a quem vos escreve, tudo terá valido a pena.

Assim, convidei os atuais membros fixos da Revista Hot Rods, aqueles que trabalham diariamente para produzir essa publicação nacional de grande valor cultural, para se juntarem a mim e indicar dois álbuns cada que tem grande valor para si. Um presente pessoal oferecido com a melhor das intenções. Vamos a eles:

– Ademir Pernias – Editor-chefe

The Animals – The Animals (1964)

A banda britânica The Animals, surgida no início dos anos 1960 no interior da Inglaterra, buscava as raízes do blues e do folk para executar versões de Chuck Berry, Bob Dylan, Nina Simone, Little Richard e Bo Diddley. A banda estourou ao se mudar para Londres, em 1964, com sucessos do R&B. É do The Animals a versão mais famosa da antológica The House of the Rising Sun, canção folclórica de autoria desconhecida que trata da infelicidade de um rapaz em uma casa pra lá de suspeita em New Orleans.

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The Mamas & The Papas – If You Can Believe Your Eyes and Ears (1966)

Formado em Nova Iorque na década de 1960, o grupo vocal The Mamas & The Papas foi uma das poucas bandas norte-americanas que fizeram frente à primeira Invasão Britânica, na qual Beatles e companhia dominaram as paradas musicais dos EUA. As belas composições e harmonias vocais, como da faixa “Monday, Monday” e do grande clássico “California Dreamin”, eleita uma das melhores canções de todos os tempos pela revista Rolling Stone, conquistaram fãs em todo mundo e impulsionaram a banda ao sucesso. Até hoje, Mamas & The Papas é uma das maiores referências da música.

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– Danilo Almeida – Diretor de arte

Nação Zumbi – Nação Zumbi (2014)

Oitavo disco de estúdio da banda pernambucana, Nação Zumbi foi o primeiro trabalho com composições inéditas lançado após Fome de Tudo, de 2007. Apesar desse hiato de produção própria, o grupo honrou suas raízes e projetos passados com músicas carregadas da energia do mangue beat e com letras poéticas e de críticas sociais, fórmula de sucesso desenvolvida pelo antigo e icônico líder da banda Chico Science. Depois de tantos anos, Nação Zumbi continua na ativa e sempre será uma das grandes referências da cultura musical brasileira.

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Novos Baianos – Acabou Chorare (1972)

O segundo disco dos Novos Baianos é uma das mais importantes obras da música brasileira, justamente porque representa em altíssimo nível a diversidade e a criatividade que esse país carrega na veia. Grande “divisor de águas”, Acabou Chorare recebeu o primeiro lugar na lista dos 100 maiores discos da música brasileira de todos os tempos elaborada pela revista Rolling Stone, provando de vez o valor que essa “gente bronzeada” possui. Rock n’roll, samba, frevo, bossa nova e baião. Uma mistura dessas só poderia ter saído do Brasil.

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– Luca Peghim – Mídias sociais

Led Zeppelin – Led Zeppelin III (1970)

Hard rock, blues, country, e folk tocado no maior alto nível. O terceiro disco do Led Zeppelin é especial porque mostra toda criatividade do grupo, sem os riffs “copiados”, exercitada sob as suas grandes influências musicais. A diversidade de gênero apresentada no álbum fortaleceu a banda como conjunto, fazendo sobressair-se as melhores características musicais de Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham. Foi o credenciamento para que o supergrupo entrasse na lista dos maiores de todos os tempos. Uma obra que beira a perfeição.

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Nirvana – Nevermind (1991)

“O último dos moicanos”. Nevermind é para muitos o último clássico do rock que foi lançado. E já se vão 27 anos! O peso dos instrumentos e da voz de Kurt Cobain, alinhado a melodias belas e simples conquistou o mundo e marcou a década de 1990, influenciando tudo o que foi criado desde então. Apesar da carreira curta, o Nirvana atingiu um nível de sucesso semelhante a um seleto grupo de bandas como Led Zeppelin, Pink Floyd, AC/DC e outros dinossauros do rock. Um furacão tão forte que mudou o eixo da terra para sempre.

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https://youtu.be/q7yC2Q9Tf1k

 

– Ricardo Kruppa – Editor e Fotógrafo

AC/DC – Back in Black (1980)

Back in Black é um dos discos de maior representatividade de toda a história do rock n’roll. Duvida? Estima-se que mais 50 milhões de cópias foram vendidas em todo mundo, números que no gênero se assemelham apenas ao Dark Side Of the Moon do Pink Floyd. Além disso, o álbum marca a entrada do vocalista Brian Johnson após a morte de Bon Scott em 1980. Apesar do grande sucesso que a banda já tinha, a voz arranhada caiu como uma luva no grupo australiano e se tornou um marco do rock.

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ZZ Top – Eliminator (1983)

A banda formada em Houston, Texas atingiu seu melhor momento com Eliminator, oitavo disco de estúdio lançado. Não só pelo trabalho belo musical executado e por conter os hits “Legs” e “Gimme All Your Lovin”, mas também por apresentar em sua capa um hot rod: o belíssimo Ford Coupé 1933 que se tornou o ícone visual do ZZ Top, além é claro da grande barba do guitarrista Billy Gibbons e do baixista Dusty Hill. A força dessa banda é comprovada pelo fato de que em mais de 40 anos de carreira a banda nunca trocou seus integrantes.

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– Vitor Giglio – Jornalista

Bad Religion – Suffer (1988)

O punk rock não morreu graças a Greg Graffin, Brett Gurewitz e sua trupe, que em 1988 reinventaram o gênero com Suffer, o quinto álbum de estúdio do Bad Religion. O grupo apostou na velocidade aliada a riffs pegajosos e refrões para todo mundo cantar junto. Com letras politizadas e críticas sociais, a banda caiu na graça dos jovens de todo planeta e segue na ativa até hoje. Aumente o som e aproveite 15 músicas executadas em apenas 26 minutos! O que é mais punk que isso?

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Social Distortion – Prison Bound (1988)

O Social Distortion ousou, experimentou e acertou em cheio! O universo “Outlaw” impera no segundo disco da banda. A pegada crua e punk dá lugar a notórias influências country, rockabilly, 50’s e 60’s, a uma atmosfera menos rebelde adolescente e mais adulta depressiva. A partir daquele momento, o grupo não assumiria mais nenhum rótulo. Punk? Pode até ser! Mas a alma? A alma é de blues, country, do faroeste, da estrada, de um estilo de vida que já não existe mais, a não ser que você seja um rodder, como Mike Ness.

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