Bel Air 1956: Celebridade com “C” maiúsculo

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Bel Air 1956
Bel Air 1956

Clássico é encontrado “perdido no tempo”, ganha um motor big block 8.3L e visual de parar quarteirão

Texto: Bruno Bocchini
Fotos: Ricardo Kruppa

Bel Air 1956

Se você for um entusiasta daqueles que não são apaixonados por história, talvez não saiba: Bel Air é um bairro nobre residencial da Zona Oeste de Los Angeles, Califórnia, que integra, com Beverly Hills e Holmby Hills, os bairros mais ricos daquela região. É famoso por ser o lar de muitas celebridades estadunidenses e, até mesmo por esse motivo, reduto de grandes clássicos automotivos.

De 1950 a 1952, os Chevrolet de luxo eram chamados de Bel Air, porém essa não era uma série distinta de automóveis. O Bel Air continuou em produção no Canadá com o modelo de 1981. Espaçosos, eficientes e com acabamentos cromados e cauda, eles sempre foram vistos como muito mais belos e superiores do que os rivais. Mas se você já acha todas essas características velhas conhecidas, espere até conhecer este modelo 1956 que está no Brasil.

Bel Air 1956
Bel Air 1956

Hermes Paulo Amorim Filho, empresário de 58 anos, “abraçou” a ideia de conceber “do zero” um Bel Air e o bloco V8 deteriorados pelo tempo. “Um dia fui visitar a preparadora de um amigo, a Illicit Customs, de São Paulo, de Roberto “Beto” Moreno, e me deparei com esse Chevy Bel Air 1956 caindo aos pedaços. Lá também havia um motor big block e não tive dúvidas de que seria mais um projeto fantástico”, comenta Hermes.

Os trabalhos diante da proposta ficaram a cargo do próprio Beto Moreno. Primeiramente, a equipe desmontou o clássico, reformou chassi e assoalho e montou o motor no lugar. Depois veio a instalação do câmbio TH400, com coroa e pinhão Richmond de relação 3,07:1 e blocante. “Enquanto finalizamos esse processo, a primeira etapa, a carroceria foi receber pintura e o Beto foi comprar o restante das peças nos Estados Unidos. Eu mesmo já havia comprado muita coisa: cabeçotes Edelbrock, comando Crane 289º, balanceiros Crower, pistões JE, bielas e virabrequim Eagle e um carburador Holley de 1.050 cfm”, conta o entusiasta.

Não bastasse a lista de peças gringas, todos os detalhes cromados do modelo, de frisos, emblemas, acabamentos ao painel, foram adquiridos na loja Danchuk Manufacturing, em Santa Ana, na Califórnia. No interior, o painel digital (Dakota Digital) recebeu um volante billet de fibra de carbono e há ainda um sistema de som de qualidade. “Um amigo, representante da marca MB Quart, me vendeu os equipamentos a preço de custo. A potência e a qualidade do conjunto impressionam. Mas é claro que todo bom entusiasta prefere ouvir o som do V8”, afirma.

Bel Air 1956
Bel Air 1956

Mínimos detalhes para um “bólido”

O bloco V8 8.3 litros fala por si. A grande “cereja do bolo” está diante da suspensão montada por Beto. As bandejas dianteiras, por exemplo, são da renomada Global West, enquanto os amortecedores são QA1. Já a parte traseira recebeu um ladder bars German Racing e amortecedores Impacto Especiais. “Com essa força toda o carro traciona demais. Para “brincar”, eu aciono o line-lock, dispositivo no freio que trava somente as rodas dianteiras e facilita a “desintegração” dos borrachudos traseiros. Qualquer um que vê o borrachão fica doido”, brinca Hermes.

Dos “tempos de ouro” norte-americanos ao cenário nacional, o Bel Air envolve qualquer aficionado. Mas este, de Hermes, tem aquele “1%” de brutalidade difícil de encontrar em um carro clássico de passeio – é só observar o sistema de arrefecimento “monstruoso” que foi instalado. Uma lembrança de um tempo em que “chovia gasolina”…

Ficha técnica

Chevy Bel Air 1956

Mecânica

Bloco V8 8.3 litros, cabeçotes Edelbrock, comando Crane 289º, balanceiros Crower, pistões JE, bielas e virabrequim Eagle, carburador Holley de 1.050 cfm, câmbio TH400 com coroa e pinhão Richmond de relação 3,07:1 e blocante

Interior

Painel digital (Dakota Digital), volante billet de fibra de carbono e sistema de som MB Quart

Exterior

Pintura clássica nas cores preto e branco, frisos cromados, emblemas originais e rodas aro 20” Foose com pneus 245/35 na dianteira e 255/50 na traseira

Quem fez?

Illicit Customs – www.illicitcustoms.com.br

Raro Vidro – www.rarovidro.com.br. Tel. (11) 4487- 8207.

VEJA TAMBÉM: Bel Air 1956: 144 frisos originais.

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